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Em seu maior teste, Carlsberg lança garrafa de fibras totalmente reciclável

Teste envolverá 8 mil embalagens, que serão colocadas à venda em vários países europeus

A Carlsberg deu um importante passo na busca por embalagens mais sustentáveis para envasar as suas cervejas ao anunciar o lançamento da Fiber Bottle, uma garrafa feita com fibras de madeira e polímeros naturais. A companhia vai vender cerveja em garrafas totalmente recicláveis, no maior teste comercial de todos os tempos dessa iniciativa.

A novidade foi apresentada quase três anos após a Carlsberg revelar protótipos de uma garrafa de papelão que poderia substituir as garrafas descartáveis ​​feitas de PET ou de vidro, sendo a sua evolução. E com foco na evolução da tecnologia e em práticas sustentáveis, a embalagem também contém cerveja fabricada com cevada orgânica e regenerativa.

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O piloto, que é vital para acelerar a ambição da Carlsberg de tornar esse tipo de embalagem uma realidade comercial, envolverá 8 mil garrafas de fibra, que serão colocadas à venda na Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Polônia, Alemanha e França, além do Reino Unido. As garrafas serão disponibilizadas aos consumidores em eventos, festivais e em amostras de produtos direcionados.

Esses testes darão à Carlsberg a oportunidade de coletar avaliações sobre as experiências das pessoas com o produto, o que ajudará na definição da próxima geração de design deste tipo de embalagem.

“Estamos muito satisfeitos em levar nossa nova garrafa de fibra para as mãos dos consumidores, permitindo que eles as experimentem. Este piloto servirá a um propósito maior de testar a produção, desempenho e reciclagem deste produto em escala”, afirma Stéphane Munch, vice-presidente de desenvolvimento do grupo cervejeiro.

De acordo com a Carlsberg, um marco significativo para a garrafa de fibra é o seu revestimento de polímero PEF à base de plantas, que foi desenvolvido pela Avantium, parceiro da cervejaria. O PEF é feito inteiramente de matérias-primas naturais, sendo compatível com os sistemas de reciclagem de plástico, podendo se degradar na natureza.

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Além de seus benefícios de embalagem sustentável, o PEF funciona como uma barreira altamente eficaz entre a cerveja e a casca externa de fibra, protegendo o sabor da cerveja melhor do que o plástico PET convencional, feito à base de combustível fóssil.

A casca externa da garrafa consiste em fibra de madeira de origem sustentável e de base biológica. Ela também possui propriedades isolantes que podem ajudar a manter a cerveja mais gelada por mais tempo, em comparação com latas ou garrafas de vidro.

“Identificar e produzir o PEF, como uma barreira funcional para a cerveja, tem sido um dos nossos maiores desafios – por isso, obter bons resultados nos testes, colaborar com os fornecedores e ver as garrafas sendo enchidas na linha é uma grande conquista!”, acrescenta o vice-presidente de desenvolvimento do grupo cervejeiro.

A garrafa será produzida pela Paboco  (“Paper Bottle Company”), uma joint venture entre a fabricante sueca de papel e celulose BillerudKorsnäs e a ALPLA-Werke Alwin Lehner, uma fabricante austríaca de plásticos e especialista na fabricação de garrafas. Ela é 100% de base biológica, assim como a tampa, sendo totalmente recicláveis.

Com a atual geração da garrafa de fibra, a Carlsberg estima alcançar até 80% menos emissões do que as atuais garrafas de vidro de uso único. Mas a pretensão é de que ela alcance a mesma pegada de carbono da garrafa de vidro retornável. E quando for comercializada em escala, complementará, em vez de substituir, as embalagens existentes, como garrafas de vidro e latas.

Os avanços não se limitaram à garrafa em si, pois a Carlsberg também afirma ter engarrafado uma bebida mais sustentável para os testes com consumidores. Em colaboração com o fornecedor de malte de cevada Soufflet, a companhia preparou uma cerveja com cevada que foi cultivada usando práticas agrícolas totalmente orgânicas e regenerativas.

De acordo com a companhia, as técnicas utilizadas ​​para cultivar a cevada buscam melhorar a biodiversidade das terras agrícolas e a saúde do solo, além de aumentar o sequestro natural de carbono pelo solo em comparação aos métodos agrícolas convencionais.

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