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Após impasse de 2 anos, Heineken inicia obra de 1ª fábrica em Minas

Previsão da companhia é de que unidade em Passos entre em operação em meados de 2025

A obra de construção da primeira fábrica do Grupo Heineken em Minas Gerais está oficialmente iniciada. Em evento que contou com a presença do governador Romeu Zema e de autoridades locais, além de executivos da companhia, foi lançada a pedra fundamental da unidade de Passos.

A previsão do Grupo Heineken é de que a 15ª planta da empresa no Brasil comece as suas operações em meados de 2025. Inicialmente, a unidade no Sul de Minas será dedicada a fabricar as marcas Heineken e Amstel, para aumentar o volume dos rótulos premium e mainstream puro malte à disposição do consumidor.

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A construção da unidade de Passos pelo Grupo Heineken demandará investimentos de R$ 1,8 bilhão. A expectativa é de que a obra gere 2 mil oportunidades de trabalho para os moradores da região. Já com a fábrica em funcionamento, a companhia estima 350 empregos diretos e 11 mil postos de trabalho indiretos.

“Esse é um projeto muito esperado por nós, pelos nossos clientes e, principalmente, pelo estado de Minas Gerais. A cervejaria de Passos foi idealizada para atender aos nossos objetivos de negócio, mas também para contribuir com a prosperidade da região por meio de desenvolvimento econômico e social e aceleração da agenda ambiental”, afirma Maurício Giamellaro, presidente do Grupo Heineken.

O Grupo Heineken afirma que a unidade de Passos vai ser abastecida com fontes de energias 100% renováveis, além de contar com um sistema de abastecimento hídrico eficiente que permitirá a ampliação da infraestrutura de captação de água existente na cidade.

No último mês, com foco na sustentabilidade na região, o Grupo Heineken aderiu ao Programa Produtor de Águas da Agência Nacional de Águas, tornando-se apoiadora do Projeto Bocaina de Pagamento por Serviços Ambientais.  Passos também já faz parte do programa de geração distribuída de energia verde da Heineken, que permite aos moradores do município acesso à energia renovável por meio de usinas sustentáveis a partir de um cadastro simples e 100% digital na plataforma da marca.

Fim de longo processo
O início das obras em Passos encerra um longo processo sobre a definição do local onde seria instalada a primeira fábrica do Grupo Heineken em Minas Gerais, inicialmente anunciada para Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, em dezembro de 2020.

No segundo semestre de 2021, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente, embargou a obra pelo risco de soterramento do complexo de cavernas e grutas onde foi encontrado o crânio de Luzia, o mais antigo esqueleto das Américas. Além disso, em função da captação de água para a fábrica, apontou ameaças aos lençóis freáticos. Posteriormente, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou a suspensão das licenças prévias concedidas para as obras. 

O Grupo Heineken, que já havia paralisado as obras, anunciou, em dezembro de 2021, a desistência de construir a fábrica em Pedro Leopoldo. Além disso, iniciou o processo de busca de uma nova cidade para se instalar.

Passos, então, foi escolhida em abril de 2022 para sediar a nova unidade produtiva do Grupo Heineken em função de algumas vantagens, como disponibilidade hídrica, proporcionada pela Bacia Hidrográfica do Rio Grande, desenvolvimento socioeconômico e facilidade logística para o abastecimento de Minas Gerais e aos demais estados da região Sudeste.


Em janeiro deste ano, o Grupo Heineken recebeu, do Comitê de Política Ambiental de Minas Gerais, a licença para implantação em Passos da sua fábrica. O hiato de tempo para o início das obras, provocado em parte pela necessidade de obtenção das licenças ambientais, foi criticado pelo governador mineiro durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental.

“Essa obra já poderia ter sido iniciada há muito tempo, levou um ano de licenciamento ambiental. Não é isso o que eu quero para Minas. E estamos melhorando a regulamentação, que é extremamente subjetiva. Espero que um processo desse tipo leve até quatro meses no futuro”, afirma Zema.

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