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Heineken interrompe venda e produção de cerveja na Rússia em resposta à guerra

Companhia também está avaliando opções estratégias para o futuro do negócio na Rússia, onde opera há duas décadas

O Grupo Heineken anunciou nesta quarta-feira a decisão de interromper a produção e venda de cervejas da sua marca na Rússia. E se tornou, assim, mais uma companhia multinacional a deixar suas atividades no país, como resposta à invasão da Ucrânia pelas tropas de Moscou.

Em um comunicado, o Grupo Heineken explicou que a medida tem efeito imediato e envolve, além da produção e venda de cerveja, a publicidade. Anteriormente, a empresa havia interrompido a realização de investimentos e a exportação de outras marcas.

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“Estamos chocados e tristes ao ver a tragédia na Ucrânia se desenrolar. Estamos com o povo ucraniano e nossos corações estão com todos os afetados. A guerra do governo russo contra a Ucrânia é um ataque não provocado e totalmente injustificado. Em resposta à escalada contínua da guerra, anunciamos hoje os seguintes passos. A Heineken interromperá a produção, publicidade e venda da marca Heineken na Rússia”, afirma Dolf van den Brink, CEO do Grupo Heineken.

A companhia cervejeira também prometeu frear as operações financeiras que envolvam o seu negócio na Rússia. “Tomaremos medidas imediatas para isolar nossos negócios russos da empresa Heineken mais ampla para interromper o fluxo de dinheiro, royalties e dividendos para fora da Rússia. A Heineken não aceitará mais nenhum benefício financeiro líquido derivado de nossas operações na Rússia. Isso se soma à parada anunciada anteriormente em todos os novos investimentos e exportações para a Rússia”, afirma.

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O Grupo Heineken ainda acrescentou que também está avaliando opções estratégicas para o futuro do negócio na Rússia, onde opera há duas décadas. Mas, ao mesmo tempo, enviou uma mensagem de apoio aos funcionários da companhia no país. “Vemos uma distinção clara entre as ações do governo e nossos funcionários na Rússia. Por mais de vinte anos, nossos funcionários locais são membros valiosos do negócio da Heineken. Apoiar nossos funcionários e suas famílias é um princípio fundamental à medida que definimos o caminho a seguir”, acrescenta.

A empresa atua no mercado russo desde fevereiro de 2002, quando adquiriu sua primeira cervejaria em São Petersburgo. Hoje a Heineken possui oito fábricas na Rússia, com estimados 1.800 funcionários e cerca de 30 marcas.

E o Grupo Heineken conclui a nota prometendo reforçar medidas de apoio aos refugiados da Ucrânia que estejam em países vizinhos. “Continuaremos e intensificaremos ainda mais nosso apoio e doações a ONGs que operam na Polônia, Hungria, Romênia e Eslováquia. Estamos orgulhosos de nossos colegas e empresas de operação local por seus esforços para ajudar as pessoas afetadas pela guerra que fugiram para a segurança dos países vizinhos. Esperamos muito que um caminho para um resultado pacífico surja no curto prazo”, diz.

A Heineken não é, porém, a primeira multinacional cervejeira a deixar o mercado da Rússia diante do avanço da guerra e da crise humanitária provocadas pela invasão da Ucrânia. Na última semana, a Carlsberg, que possui a maior cervejaria do país, a Baltika Breweries, havia anunciado o interrompimento de investimentos e da exportação de outros produtos do seu grupo.

Além disso, a Heineken reforça, assim, o êxodo de companhias internacionais da Rússia desde o início do conflito. Na última terça-feira, no setor de alimentação e bebidas, a Coca-Cola, o McDonald’s e o Starbucks disseram que estavam interrompendo, de modo temporário, suas operações comerciais no país. Já a Pepsi suspendeu a venda de refrigerantes.

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