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Abracerva vê evolução do setor com reconhecimento ao sommelier e mira lei

Abracerva aponta o sommelier como ferramenta motora do crescimento do mercado de cervejas artesanais

O reconhecimento do sommelier de cervejas como uma titulação na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério da Economia, foi comemorado pelos profissionais do segmento, por se tratar de uma demanda antiga. A inclusão, que acontecerá a partir de 2022, também evidencia a evolução e o crescimento do setor, na visão da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), que trabalhou diretamente na busca por essa regulamentação, considerando que a expansão da cultura envolvida no segmento passa diretamente pela atuação do sommelier.

É o que diz, ao Guia, a presidente da associação, Nadhine França, destacando que esse foi um passo importante na valorização do sommelier de cervejas e na evolução do segmento, em expansão na última década. “Nós, da Abracerva, entendemos que o sommelier de cervejas é ferramenta motora do crescimento do mercado de cervejas artesanais. Além de atuar em toda a cadeia de valor, o profissional é um dos principais difusores da cultura cervejeira”, pontua Nadhine.  “Mas, apesar dessas conquistas, ainda há muito trabalho pela frente.”

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De acordo com a Abracerva, há estimados 15 mil sommelièrs no país, formados em algumas das principais escolas segmentadas, como a Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), o Instituto da Cerveja Brasil (ICB), o Senac e o Science of Beer Institute.

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Sommelièrs da Abracerva ainda aponta para uma tendência de crescimento da profissão, o que estaria diretamente ligado ao progresso do setor, tanto que, em dez anos, o número de cervejarias artesanais no Brasil foi de 70, em 2008, para mais de mil.

Porém, a função estava, até agora, afastada de várias instâncias relativas ao mercado de trabalho, como lembra a associação. “A atividade sequer era listada pela CBO, documento responsável pelo reconhecimento de ofícios no território nacional, além de ser usada em várias instâncias: carteira de trabalho, no requerimento do seguro-desemprego, qualificação profissional, estatísticas de mão-de-obra, e programas no Ministério da Economia, fiscalização do trabalho, RH das empresas, Censo, Pronatec, agências de educação do Sistema S, entre outras”, afirma a Abracerva.

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A articulação para o reconhecimento como uma profissão foi feita em conjunto entre a Abracerva, representada pelo Núcleo de Sommelièrs, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), autor da proposta.

Priscilla Colares, coordenadora do Núcleo de Sommelières da Abracerva, destaca que o requerimento para que ocorresse a titulação, que até então só contava com profissionais do vinho, se iniciou em 2020. “A Sophie Bernardet e sua equipe do técnica da FIPE foram os responsáveis pelo estudo de escopo realizado antes da inclusão. Após a realização desse estudo, alguns profissionais do setor foram convidados para mais uma etapa. Em 11 de março de 2021, foi realizada uma videoconferência para finalização da matriz de atividades da família ocupacional”, relata.

Além da representação da Abracerva, a reunião sobre o reconhecimento do sommelier de cervejas teve as presenças da equipe da Coordenação da Classificação Brasileira de Ocupações (CCBO) do Ministério da Economia e dos especialistas Beatriz Amorim, Jayro Pinto Neto, Fernanda Bressiani, Maurício Maia, Yasmin Yonashiro, Pedro Barcellos e José Padilha.

O trabalho culminou na inclusão do Sommelier de Cervejas, Sommelier de Cachaça e Sommelier de Saquê na ocupação sommelier de código 5134-10 na Família Ocupacional 5134: trabalhadores no atendimento em estabelecimentos de serviços de alimentação, bebidas e hotelaria.

Próximo passo
A medida motivou a criação do Projeto de Lei 1104/21 que altera a lei que regulamentou a profissão de sommelier para incluir, além do vinho, cervejas e cachaças no serviço especializado prestado pelo profissional. O texto tramita na Câmara dos Deputados e altera a Lei 12.467/11.

“Identificamos uma grave omissão quando da aprovação da lei, uma vez que ela se restringiu ao setor vinícola, deixando à margem o setor cervejeiro, que se encontra em plena expansão”, argumenta o autor do projeto, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS).

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