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Venda de cerveja tem recuo de 20% na União Europeia em 2020, diz associação

Brewers of Europe avalia que o recuo pode chegar aos 25% em função das novas medidas para conter a segunda onda da Covid-19

O mercado de cerveja da União Europeia sofreu uma queda de 20% em suas vendas até agora neste ano, segundo estimativa da Brewers of Europe. A associação, que representa o setor junto às instituições e organizações internacionais, apontou ainda que o recuo pode chegar aos 25% até o fim de 2020.

A avaliação da Brewers Europe leva em consideração as vendas em bares e restaurantes, mas também no varejo. “Nossa estimativa é que, em média, perdemos até agora cerca de 20% de nossas vendas de cerveja”, disse Pierre-Olivier Bergeron, secretário-geral da Brewers of Europe, em uma entrevista à EURACTIV, rede de mídia especializada em políticas da União Europeia.

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A associação explica que as vendas via varejo evitaram um recuo ainda maior do setor cervejeiro, mas não suficiente para minimizar os efeitos negativos. E isso se deu em função das medidas de quarentena adotadas na União Europeia para evitar a propagação do coronavírus. E isso atingiu diretamente as operações das cervejarias e do setor de hospitalidade.

Desde o início da pandemia, 15 dos 27 estados-membros da União Europeia fecharam seus bares. E os outros impuseram limitações severas. Só que nem a reabertura dos locais com o relaxamento de algumas medidas de isolamento social melhorou significativamente as vendas de bares, como explica o secretário-geral da Brewers of Europe.

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“Mesmo quando os bares reabriram durante o verão (europeu), medidas de distanciamento social e confiança do consumidor relativamente baixa resultaram em vendas de cerveja no comércio permanecendo em apenas metade dos níveis de 2019”, apontou Bergeron.

Cenários desiguais e futuro
O recuo no mercado cervejeiro na União Europeia, porém, não foi uniforme. Portugal, por exemplo, teve queda de 70% nas vendas dos estabelecimentos, enquanto na Estônia a redução foi de apenas 7%.

Na Bélgica, país da União Europeia com maior tradição cervejeira, as vendas no comércio caíram 55% no período entre maio e julho. Outro cenário complicado se deu na Irlanda, onde muitos pubs nem reabriram entre a primeira e a segunda onda do coronavírus.

Já na Itália, epicentro da fase inicial da pandemia e primeiro país a adotar o lockdown, a queda nas vendas de cerveja foi de 50% no segundo trimestre. Porém, no terceiro, o país ao menos conseguiu resultados que se aproximaram dos níveis do mesmo período de 2019.

Mesmo com esse cenário difícil, a Brewers of Europe assegura estar satisfeita com as medidas adotadas pelos governos locais, como redução de impostos, subsídios e empréstimos. Mas destaca que as iniciativas precisarão seguir em vigor com a segunda onda de casos de coronavírus.

“Não posso reclamar muito. Eu poderei reclamar dentro de alguns meses se virmos os estados-membros retirando ou não prolongando as medidas. Isso é absolutamente fundamental. Precisamos de prolongamentos”, completou o secretário-geral da associação.

(Para saber mais, acesse a EURACTIV)

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