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Ambev priorizará aumento das vendas ao lucro mesmo após pandemia, diz análise

Analista acredita que Ambev repetirá estratégia adotada em um passado recente no México para ampliar participação no mercado

Aumento do volume de vendas e ampliação da participação no mercado. Essa continuará sendo a estratégia da Ambev mesmo ao fim da pandemia do coronavírus, de acordo com análise do Credit Suisse. Na avaliação do banco de investimento, assim, a gigante do segmento de bebidas deixará a busca por maiores margens de lucro em segundo plano.

Essa estratégia já vinha sendo adotada pela Ambev durante a pandemia. Por conta disso, adiou o aumento dos preços das suas cervejas, uma estratégia que foi adotada primeiramente pela Heineken, a sua principal concorrente no mercado nacional.

Leia também – Heineken tem queda no lucro e fará cortes, mas mantém crescimento no Brasil

Analista do Credit Suisse, Marcella Recchia enxerga semelhança com uma estratégia da AB InBev – a controladora da Ambev no Brasil – em um passado recente no México. Por lá, a empresa aproveitou o aumento do consumo de cerveja pela população, com a elevação do preço da bebida se dando abaixo do nível da inflação. “Já testemunhamos a Anheuser-Busch InBev (AB InBev) conduzindo com sucesso essa estratégia no México”, afirma Marcella.

A estratégia comercial foi vista, anteriormente, como uma das principais razões ao crescimento de 25,4% no volume de venda de cervejas no Brasil no terceiro trimestre de 2020, no comparativo ao mesmo período do ano passado, chegando aos 21,8 milhões de hectolitros, de acordo com o balanço divulgado pela companhia em outubro.

Em sua análise para o Credit Suisse, Marcella também destaca que a margem de lucro da venda da Ambev aumentará a partir da recuperação da venda das garrafas não retornáveis, algo que está muito vinculado com a reabertura de bares e restaurantes, que tem ocorrido paulatinamente, mas também com a realização de eventos, o que ainda parece um cenário distante para o Brasil.

Porém, há fatores que pressionam a Ambev no país, especialmente o aumento do preço de commodities, como o alumínio, causado pela desvalorização do real frente ao dólar, adversidade que deverá ser mantida em 2021.

De qualquer forma, em sua análise, o Credit Suisse também apontou que há outras questões conjunturais que devem favorecer a Ambev nos próximos meses, incluindo o fim do acordo da Heineken com a engarrafadora Coca-Cola Femsa para distribuição das suas bebidas.

“Em última análise, a saída da Heineken do sistema Coca-Cola de distribuição, a partir de 22 de março, também poderia favorecer a Ambev em uma possível interrupção do fornecimento do concorrente”, avalia a análise do banco de investimento suíço.

Assim, o Credit Suisse recomenda a compra de ações da Ambev e define o preço-alvo de R$ 18. O papel fechou o pregão da última segunda-feira na Bolsa de Valores de São Paulo cotado a R$ 15,36. Haveria espaço, portanto, para uma valorização de mais de 17%.

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