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10 mudanças no segmento de rótulos cervejeiros provocadas pela Covid-19

Segundo Bruno Lage, diretor da Label Sonic, crise aumentou os pedidos de cervejarias por rótulos personalizados para seus growlers

As medidas de isolamento social não interromperam o consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia do coronavírus, mas modificaram o modo e o local onde esse ato se realiza. Isso trouxe alterações profundas sobre a forma como os clientes passaram a enxergar embalagens – sejam latas, growlers ou garrafas – e rótulos, ao reestruturar a forma de relacionamento com elas.

Leia também – União de cervejarias é o caminho para a diferenciação das embalagens a bons preços

A valorização de novas características forçou as cervejarias a investir em diferenciações que chamem a atenção do consumidor, como os rótulos, com a busca pela sensação de exclusividade. Afinal, o serviço de delivery assumiu a primazia do consumo e levou a experiência para dentro das residências.

Sócio-diretor da Label Sonic, Bruno Lage lista ao Guia os ajustes realizados no setor de rótulos e na sua empresa para minimizar os efeitos da crise, em iniciativas que deverão perdurar no pós-crise. São medidas interessantes, que resumem com exatidão as mudanças enfrentadas pelo segmento.

O diretor da Label Sonic destaca, também, que o growler se tornou onipresente nas estratégias de distribuição e ressalta que as vendas diretas ao consumidor exigem embalagens melhores.

Confira, a seguir, 10 mudanças provocadas pela crise da Covid-19 no mercado de embalagens, segundo Bruno Lage, diretor da Label Sonic.

1- Preços sem aumentos
A crise financeira levou o segmento de rótulos a absorver o aumento de preços de insumos provocado pela desvalorização do real, segundo Bruno Lage. “No âmbito comercial, sentimos que não era a hora de reajustes, apesar de muitos insumos serem cotados em dólar.”

2- Urgência nos prazos
A falta de previsão sobre a extensão e a gravidade da crise levou as cervejarias a reverem planos, tomando decisões de compra em cima da hora. “Todos os pedidos passaram a ser urgentes. Todo mundo segurou a compra ao máximo e, quando decidiu, era para aproveitar uma oportunidade nova”, explica o diretor da Label Sonic.

3- Adaptação ao home office
As medidas de isolamento social forçaram mudanças rápidas para que os negócios continuassem funcionando. “Foi um período de aprendizado de como trabalhar remotamente para todos, tanto para nós como para os clientes, pois muitos não estavam prontos para trabalhar em home office, o que dificultou no início a comunicação e a rapidez nas negociações”, comenta.

4- Clientes com novas demandas
Em busca de soluções, as cervejarias conceberam novos produtos e precisaram de iniciativas inéditas. “Muitos clientes tiveram de engarrafar ou enlatar a produção rapidamente. E muitos não tinham nem a arte do rótulo pronta. Então foi um período difícil por causa de tantos projetos novos que demandaram provas impressas, ajustes e entrega rápida”, conta Bruno.

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5- Aposta em projetos que estavam em segundo plano
Ideias que até então estavam guardadas foram acionadas com urgência em ações para mitigar o efeito da crise, o que forçou a aceleração da produção de rótulos. “Quem não vendia growler, passou a vender, quem não engarrafava, passou a vender garrafas, quem não tinha latas, passou a ter, etc”, relata ele. “E muita gente que tinha na cerveja um ‘plano B’ teve de acelerar este projeto depois que o seu negócio principal passou a ter dificuldades ou mesmo quando perdeu o emprego. Algumas empresas vão fechar nesta pandemia, infelizmente. Mas muitas outras estão surgindo.”

6- Aumento da concorrência
A busca por diversificar a carta de opções de produtos e serviços fornecidos pelas cervejarias aumentou a concorrência nos diferentes formatos e nichos. “Entendemos que aquelas cervejarias que estavam focadas em algumas formas de entrega do produto, com a produção em grande parte em barril e/ou eventos/festivais, tiveram de passar a vender garrafas, growlers e latas. Cervejarias que tinham parcerias com alguns bons distribuidores tiveram de abrir vendas em outros distribuidores ou mesmo apostar na venda direta. Brewpubs tiveram de engarrafar mais e abrir mais pontos de venda. Ou seja: quem estava seguro no seu nicho, não está mais”, avalia o diretor da Label Sonic.

7- Reforço da identidade nas embalagens
As ações das cervejarias para lançar suas cervejas em formatos inéditos antes da pandemia, especialmente em growlers, forçaram o desenvolvimento de novas embalagens e rótulos, mas mantendo a identidade visual da empresa. “Os clientes agora querem rótulos para garrafa, lata, growler, PET, e precisamos entregar em cada embalagem a mesma identidade e qualidade. Quem acha que no growler pode usar uma embalagem inferior está desvalorizando o seu próprio esforço e produto.”

8- Variação de rótulos por embalagem
Ao mesmo tempo em que há a preocupação com uma identidade visual unificada, as cervejarias passaram a demandar diferenciações nos rótulos de acordo com a embalagem em que a bebida é envasada. “As cervejarias, ao explorarem mais formas de entregar o produto (garrafa, latal, growler), precisam de uma comunicação que mostre a diferença entre as embalagens e que, ao mesmo tempo, crie uma unidade da marca perante o consumidor. Antes os rótulos variavam por estilo e agora variam por estilo e embalagem. A mesma qualidade gráfica precisa estar presente em todas as embalagens e em quantidades flexíveis”, analisa Bruno.

9- Personalização dos growlers
Com a grande demanda por consumo de cervejas via growlers, as empresas passaram a demandar rótulos personalizados para esses produtos. “No mercado cervejeiro, focamos em vendas de rótulos para growler e teste de recipientes (growlers) nas rotuladoras. Sinal de que o mercado atingiu um volume de vendas de growler que torna necessária a aplicação de rótulos em uma rotuladora”, explica.

10- Pedidos menores
As incertezas provocadas pela crise do coronavírus levaram as cervejarias a deixarem de lado o planejamento de longo prazo. O resultado foi que as rotuladoras passaram a receber pedidos menores, mas com maior frequência. “O mercado está mudando a forma de comprar e não está estocando rótulos”, concluiu o sócio da Label Sonic.

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