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Ambev tem alta de 4% na venda de cerveja no Brasil no 4º tri e lucra R$ 5,1 bi

Companhia vendeu 26,605 milhões de hectolitros de cerveja no país nos três meses finais de 2022

A Ambev teve lucro líquido de R$ 5,083 bilhões no quarto trimestre de 2022, com alta de 35,7% em relação ao mesmo período de 2021, um resultado puxado especialmente pelo mercado brasileiro, que apresentou crescimento de 4% no volume de cerveja vendida no período no país. Os dados fazem parte do balanço financeiro da companhia, divulgado nesta quinta-feira (2).

De acordo com o documento, o volume total orgânico da Ambev no quarto trimestre cresceu 1,5%, para 52 milhões de hectolitros. O ritmo foi maior no Brasil, com as altas de 4% das vendas de cerveja, chegando aos 26,605 milhões de hectolitros, e de 6,6% entre as bebidas alcoólicas.

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A Ambev também relatou crescimento de 21,5% da receita líquida no quarto trimestre, para R$ 22,693 bilhões, com o Ebitda ((lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficando em R$ 7,109 bilhões, uma expansão orgânica de 27,4%.

Na apresentação dos resultados, a Ambev afirma que o desempenho foi “impulsionado principalmente pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 19,7% no 4T22”.

Brasil e demais regiões
De acordo com a Ambev, os resultados alcançados no Brasil no quarto trimestre foram provocados pelo “retorno contínuo das ocasiões de consumo fora de casa combinado com a execução da nossa estratégia comercial durante a Copa do Mundo”.

A Ambev também ressalta que as marcas premium lideraram a alta do volume de cerveja da companhia no país, com crescimento acima de 20% de Original, Chopp Brahma, Stella Artois e Corona. “As marcas core permaneceram resilientes, entregando um crescimento de volume de um dígito médio”, afirma, também citando que a Spaten quase dobrou seu volume em relação ao quarto trimestre de 2021.

O balanço também destaca o desempenho do Zé Delivery, com a entrega de mais de 16 milhões de pedidos nos últimos três meses de 2022, além de contar com 4,8 milhões de usuários ativos mensais, um crescimento anualizado de 17%.

O relatório ainda cita que o BEES, plataforma da Ambev voltada aos pontos de venda, tem 74% dos seus clientes como compradores do marketplace, tendo uma receita bruta digital de R$ 1,3 bilhão.

Por outro lado, o balanço financeiro da Ambev no quarto trimestre de 2022 evidenciou que a operação fora do Brasil continua sendo o principal desafio da companhia, tanto que o volume total orgânico recuou 5,4% no Canadá no período e 1,6% na chamada América Latina Sul.

Como foi 2022
O balanço do quarto trimestre da Ambev também traz os dados consolidados da companhia no ano passado, com lucro líquido de R$ 15,167 bilhões. A companhia teve alta de 3% no volume total, chegando aos 186 milhões de hectolitros. Só no Brasil, foram 94,043 milhões de hectolitros vendidos, um crescimento de 3,5%.

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Além disso, houve expansão de 13,5% no lucro líquido e de 17,1% no Ebitda ajustado na comparação com 2021, para R$ 14,891 bilhões e R$ 23,770 bilhões, respectivamente.

A Ambev diz que o resultado foi “impulsionado pela receita líquida por hectolitro (+16,3%), impulsionado por marcas mais saudáveis, premiumização e inovação, bem como à execução disciplinada de nossas iniciativas de gestão de receita”.

A companhia, porém, reconhece ter encarado “ventos contrários” em 2022, provocados pela alta dos preços das commodities e da inflação em geral, o que causou alta do CPV, o custo por produto vendido, e do SG&A, os custos combinados de operação da empresa. O CPV subiu 23,8% e o SG&A, 18,5%. Em Cerveja Brasil, o CPV por hectolitro ficou em 16,6%.

A Ambev também relata ter fechado o ano de 2022 com R$ 11,535 bilhões de caixa líquido, frente aos R$ 15,411 bilhões de 2021.

Como será 2023
Ao comentar sobre as perspectivas para 2023, a Ambev destacou que reforçará o foco em ganhar mais receita pelo litro de cerveja vendido do que em aumentar o volume comercializado, o que indica uma estratégia de maior atenção às marcas premium.

“Em 2023, à medida que procuramos manter nosso momentum de receita líquida construído nos últimos três anos, esperamos que nosso crescimento da receita seja mais impulsionado pelo desempenho da receita líquida por de hectolitro do que pelo volume”, diz em seu relatório.

Não será diferente no Brasil, onde a Ambev também centra suas atenções na comercialização de produtos pelo seu aplicativo. “No Brasil, trabalharemos para manter o momentum, continuando a desenvolver nossas marcas core plus e premium, trazer inovação para a categoria e ampliar o BEES e o Zé Delivery, que continuarão a ser fundamentais para os negócios de Cerveja e NAB”, afirma.

Também no documento, a Ambev revela esperar ter menor pressão dos custos dos insumos em 2023. “Assumindo os preços atuais das commodities, esperamos que nosso CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil aumente entre 6-9,9% (excluindo a venda de produtos de marketplace não-Ambev), mais ponderado no primeiro semestre do ano, dada a calendarização dos hedges de commodities”, diz.

AB InBev
A quinta-feira também foi dedicada à divulgação do balanço da AB InBev. Na maior cervejaria do mundo, houve declínio de 0,6% no volume no quarto trimestre, na comparação anualizada, para 148,775 milhões de hectolitros. No ano, porém, houve expansão de 2,3%, para 595,133 milhões de hectolitros.

Além disso, os principais dados financeiros apresentaram alta. A AB InBev teve lucro líquido de US$ 2,844 bilhões, ante US$ 1,962 bilhão do mesmo período do ano passado.

A receita nos últimos três meses de 2022 foi de US$ 14,668 bilhões, com um crescimento anualizado de 10,2%. Já o Ebitda normalizado fechou o período em US$ 4,947 bilhões, tendo expansão de 7,6%.

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