Artigo: Empresas no Brasil x Altos impostos
*Por Gerson Luiz Dunca
Criar e ter uma empresa no Brasil é sofrível! Não é fácil para muitos, talvez para a maioria.
O empreendedor tem uma ideia e um ideal na cabeça, abre a empresa e começa a luta. Já na contabilidade começam as dificuldades. É burocracia demais na área municipal, estadual e federal.
Depois de algum tempo, geralmente bastante tempo, você consegue os documentos e parte empolgado para o trabalho.
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Busca fornecedores, colaboradores, parte para a produção e vai correr atrás de clientes que queiram comprar o seu produto.
Começam as vendas, mas nem sempre. E nem tão rápido! Surgem os primeiros faturamentos, depois de muitas negociações com os clientes, que geralmente barganham desconto sobre os preços de venda.
Começa a cair a ficha para o empreendedor. Vem a conta a pagar dos impostos gerados sobre o valor faturado, que precisa ser repassado aos governos. Estes, são gananciosos…
A carga tributária brasileira é assassina. Mata sem piedade o empreendedor. Com um fuzilamento neste nível, nesta proporção, poucas empresas sobrevivem. Muitas delas nem conseguem completar um ano de vida.
Os famigerados impostos duplicam e até triplicam o valor de venda, e a empresa, não tendo preços competitivos, quebra, deixando o empreendedor com grande prejuízo ou endividado.
A política dos governos é arrecadar o máximo possível, e não incentivar o crescimento. Estas altas taxas tributárias estão embutidas no preço de venda, quem paga são os compradores finais.
Elas elevam demais os preços de venda. O consumidor, com o orçamento comprometido com as necessidades básicas, não compra.
Se não compra, a empresa não vende, se não consegue vender, não tem lucro, e sem lucro a empresa quebra e a economia do Brasil não gira.
Fica tudo parado ou indo mais ou menos, o que é um costume no Brasil. Poucas empresas se destacam. A maioria absoluta sofre.
Os governos são gananciosos. Com máquinas governamentais onerosas e dispendiosas necessitam cada vez mais de dinheiro para pagar as mordomias.
Sobra pouco para os investimentos necessários para retribuir aos contribuintes de uma maneira geral. Isso é assim no Brasil já faz tempo!
A redução dos impostos é essencial para a sobrevivência das empresas e para o giro da economia no Brasil.
Os governos não conseguem ver que os impostos virão não das altas taxas cobradas atualmente, mas do alto consumo que virá com a redução dos preços dos produtos. Com a pandemia, nem se fala. Isso é necessário e urgente!
Margem de 25% de ICMS + 15% de IPI (Imposto burro sobre Produto Industrializado), só para dar um exemplo, é simplesmente uma bomba em cima das empresas e dos consumidores finais. Lembrando que as taxas tributárias são acumulativas. Cada vez que se vende, volta-se a pagar todas as taxas novamente. O imposto teria que ser único, cobrado somente na venda final.
Várias empresas abrem e fecham anualmente no Brasil, ao contrário de outros países, onde a maioria das empresas são centenárias.
Quantas empresas centenárias genuinamente brasileiras ainda existem hoje? Em Santa Catarina, nos últimos anos, fecharam dezenas delas.
Felizes as empresas no Brasil que hoje chegam a 20 ou 30 anos de existência. Estas são heroínas!
Será que estas quebradeiras são devido ao empresário brasileiro, que não sabe ser dono de empresa? Não! Somos talvez um dos melhores empreendedores mundiais.
Quem tem, e sobrevive no Brasil, pode ter uma empresa em qualquer parte do mundo. O empresário brasileiro é um herói reconhecido mundialmente.
O problema puro e simples no Brasil está nesta carga tributária assassina, cruel e desmotivante. Hoje ganha dinheiro no Brasil quem especula, e não quem produz!
Coitados dos micros, pequenos e médios empresários… Triste futuro!
*Gerson Luiz Dunca é diretor das empresas America Brewing Company (WO Beer), Moema Gourmet Delivery, Sanibel Cosméticos Digital e AC Opportunity Brasil
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