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Mais rótulos, novos públicos e casa própria: Os planos do recomeço da Three Hills

Nova produção da Helena foi a primeira grande ação da marca de Ivan Tozzi na retomada das atividades

Dois anos depois, um novo recomeço. É assim que Ivan Tozzi encara a nova fase da Three Hills, agora liderada por ele em “carreira solo”. Afetada pela pandemia do coronavírus e por uma mudança societária, a marca ficou meses sem produzir. Mas, agora, retorna com mudanças de identidade e foco: a promessa é de reforçar a busca por novos públicos e ter mais rótulos. E, em breve, espera contar com o seu próprio estabelecimento.

Criada em 2019, a Three Hills nasceu de uma sociedade entre Nathalie Velasques e Ivan Tozzi, ganhador do concurso Eisenbahn Mestre Cervejeiro em 2017. Atingida pelos efeitos da crise sanitária, um problema recorrente no período no setor, a marca inicia nova fase agora, no segundo semestre de 2021, um período que coincide com a gradual retomada de bares e restaurantes, além do avanço na vacinação contra o coronavírus.

E volta com novidades. A primeira delas, em sua gestão. Por uma decisão pessoal, Nathalie deixou a sociedade que fundou a cervejaria, agora com Tozzi sendo o único responsável pela gestão da Three Hills.

“A minha sócia desistiu do negócio. Acertamos que eu manteria a marca depois de esgotado o estoque. E aí eu continuaria. Mas acabou sendo mais pesado, tivemos que negociar muita coisa, algo que foi se arrastando. Até o fim da sociedade foram meses. E eu parei de fabricar, precisei encerrar o CNPJ. Em junho/julho consegui fechar a empresa e abrir uma nova”, conta o sócio-fundador da marca.

E, por ideias consolidadas durante a pandemia, ele promete dar uma nova cara para a marca. Tozzi garante que a Three Hills, reconhecida no início da sua gestão pela valorização da participação feminina no segmento cervejeiro, seguirá em busca de um setor mais democrático. Mas agora com um olhar diferente.

Para isso, ele promete que a marca estará presente em eventos que valorizem a cerveja, mas não a tenha como foco principal, com a expectativa de ampliar o seu público, não se restringindo aos beer geeks.

“Quero trabalhar mais a questão da democratização, levando a cerveja para outros públicos, outros tipos de eventos, sair um pouco de São Paulo. A ideia é participar de eventos mais abertos, que não tenham só beer geeks. Mais Memorial da América Latina e menos Mondial de la Bière. Isso também envolve os canais de venda. Vamos entrar, por exemplo, no Magalu.”


Além disso, quem comprar as latas da Three Hills poderá entrar em contato com o conhecimento cervejeiro. Cada uma delas, afinal, passou a ter um QR Code que dará acesso gratuito ao conteúdo da Rise Beer, escola cervejeira da qual Tozzi é um dos professores, por sete dias.

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Mais rótulos
A Three Hills também promete ser mais ativa, apresentando mais novidades. Se de 2019 para cá quatro rótulos fixos chegaram ao mercado – Helena, Luiza, Gabriela e Alice –, a expectativa é de maior variedade. Para isso, prevê a realização de mais lançamentos, ainda que em volumes menores. Essa diversificação, inclusive, levou a marca cigana a trocar de fábrica. Saiu da StartUp Brewing e agora passou a produzir na Demokrata, no ABC paulista, com estrutura que casa melhor com as suas novas demandas.

Essa nova parceria ganhou seu primeiro experimento neste mês, com o relançamento da Helena, uma Cream Ale. E com outra novidade: a maior parte do seu envase – cerca de 70% – se dá em latas, uma predominância impensável antes da pandemia, mas que se tornou alternativa e, depois, tendência com o fechamento de estabelecimentos e a proibição de realização de eventos.

“Fiz só 30% para barril porque a saída ainda está muito na lata e pela internet. E estamos colocando foco nisso. Vai continuar muito forte esse tipo de venda. E o growler veio para ficar. O consumidor vai querer receber as coisas em casa, mesmo que volte para o bar”, argumenta Tozzi.

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Nessa volta, outra novidade percebida por ele é que até os barris de chope utilizados vêm tendo capacidade menor. “São barris pequenos, de 20 litros. O pessoal está trabalhando com barris menores, para ter mais giro. É outra novidade do mercado.”

A volta com a Helena é o passo inicial da retomada da produção da Three Hills. E, para cumprir a promessa de realizar mais lançamentos, cada lote das suas cervejas anteriores virá seguido pela chegada ao mercado de uma novidade, sendo que a próxima será uma Russian Imperial Stout, a Mila, que até foi lançada em 2019, mas apenas em barril.

Outros planos
A retomada das atividades pela Three Hills também vem cheia de planos por parte de Tozzi. Para ele, as mudanças no setor provocadas pela pandemia indicaram a necessidade de as cervejarias estreitarem a relação com o consumidor final. E a marca, pelo que indicou seu fundador, deverá ter seu espaço no interior paulista.

A gente vai ter de possuir um ponto de venda. Os bares não seguram mais a produção das cervejarias. E eu tenho planos de ter um ponto no interior de São Paulo, ainda que com a produção e a distribuição se mantendo na capital. Creio que também vai aumentar muito a venda direta para o consumidor

Ivan Tozzi, sócio-fundador da Three Hills

Além disso, ao mesmo tempo em que mira novos públicos para a Three Hills, Tozzi também pensa em ter uma segunda marca, com cervejas mais especiais, como revela. “Quero ter uma marca específica, com garrafas, cervejas de guarda, algo com poucas unidades. Já tenho até o registro da marca. Agora estou com muita coragem.”

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