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Com sócios indiciados, Backer reabre brewpub; “Não há outra opção”, alega marca

Reabertura do Templo Cervejeiro ocorreu apenas um dia após a Justiça confirmar o indiciamento de sócios e funcionários da cervejaria

O Templo Cervejeiro, brewpub da Backer, reabriu as portas. A volta da operação do espaço da cervejaria em Belo Horizonte ocorreu no último sábado, apenas um dia após a Justiça de Minas Gerais confirmar o recebimento de denúncia contra sócios e funcionários da marca, tornando-os réus em função da contaminação de rótulos que provocaram a morte de dez pessoas.

A fábrica da Backer segue interditada em função do processo que investiga a contaminação dos rótulos da cervejaria, impedindo a fabricação de bebidas no local. Mas o retorno da operação do Templo Cervejeiro é lícito, já que o alvará do restaurante está regular.

Leia também – Caso Backer: Juiz torna sócios e funcionários réus por adulteração de cervejas

Segundo informações da imprensa mineira, para a reabertura do brewpub, a cerveja comercializada pela Backer no local veio da parceria com a Cervejaria Germânia, de Vinhedo, que não se pronunciou sobre o assunto.

Em suas redes sociais, a Backer confirma a reabertura e a volta da operação do seu brewpub, mas nega que a retomada das atividades tenha ocorrido com uma “festa de lançamento” de um novo rótulo da Capitão Senra, uma das cervejas que eram produzidas pela empresa.

“A reabertura do Templo Cervejeiro advém do respeito da Backer a todos os requisitos e condições legais de funcionamento”, afirma a cervejaria em publicação no seu perfil no Instagram, defendendo que a retomada das atividades será vital para viabilizar a sua sobrevivência financeira com o intuito, inclusive, de indenizar as vítimas da contaminação dos rótulos.

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“Recursos depositados à disposição da Justiça já estão sendo liberados há alguns meses para as vítimas, através dos seus advogados, pelo MM. Juiz responsável pelo processo, desde que preenchidos determinados requisitos estabelecidos pela própria justiça. Para que tal situação possa prosseguir, nós precisamos retornar com os nossos serviços e produtos. Não há outra opção”, acrescenta a Backer em sua nota oficial.

A cervejaria afirma, ainda, que pretende seguir com as atividades e assegura que respeita todas as vítimas do consumo das cervejas contaminadas, além de lamentar todos os casos de intoxicação, revelados a partir do início deste ano.

“Reabrimos sim, e o público que sempre nos prestigiou compareceu em bom número, graças a Deus. O ambiente de descontração de um bar e restaurante não pode ser confundido jamais como uma festa. Não deixamos de sentir muita dor pelo o que ocorreu, mas entendemos que a única forma de poder ajudar é continuarmos com as nossas atividades, e assim faremos”, conclui a cervejaria.

Na última sexta-feira, o juiz da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Haroldo André Toscano de Oliveira, recebeu a denúncia contra sócios e funcionários da Backer e tornou 11 pessoas rés no processo que investiga a contaminação de cervejas da marca com o produto tóxico dietilenoglicol.

Entre os denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais e agora réus, dez são investigados pela participação na adulteração de bebidas alcoólicas, sendo um 11º por falso testemunho. Na relação, estão incluídos os três sócios da Backer.

Relembre o caso
Em janeiro, vários consumidores foram internados com sintomas de intoxicação, desenvolvendo a síndrome nefroneural após ingestão da cerveja Belorizontina, o principal rótulo da Backer. Com o início da investigação, a perícia realizada constatou vazamento em um tanque e diversos outros focos de contaminação.

Em agosto, a Backer havia anunciado ter iniciado um processo de reparação para as famílias das vítimas. A fabricante mineira tinha contratado a Câmara de Conciliação e Mediação Satisfactio, empresa privada e especializada na solução de conflitos.

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