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Caso Backer: Julgamento é retomado com depoimento dos sócios nesta terça

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Casos de contaminação das cervejas da Backer foram descobertos nos primeiros dias de 2020, tendo provocado dez mortes

O Caso Backer volta a ser tema na Justiça de Minas Gerais a partir desta terça-feira, com o início dos depoimentos dos réus. As audiências estão programadas para ocorrer até a próxima quinta-feira, sempre a partir das 14 horas, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, embora haja a possibilidade de que alguns interrogatórios ocorram de modo remoto.

O juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, conduzirá os depoimentos em sessões fechadas, contando apenas com a presença dos réus e seus advogados de defesa, assim como dos membros do Ministério Público de Minas Gerais.

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Os interrogatórios começam nesta terça-feira, com Ana Paula Lebbos, Hayan Franco Khalil Lebbos e Munir Franco Kalil Lebbos, todos sócios da cervejaria. Na quarta, estão agendados os depoimentos de Ramon Ramos de Almeida Silva, Sandro Luiz Pinto Duarte, Cristian Freire Brandt e Adenilson Resende de Freitas, responsáveis técnicos pela Backer.

Na quinta-feira, outros três réus vão ser interrogados: o engenheiro Alvaro Soares Roberti, o chefe de manutenção Gilberto Lucas de Oliveira e Charles Guilherme da Silva, funcionário de uma empresa fornecedora de insumos para a cervejaria.

Com denúncias diferentes, os convocados para depor nesta semana são acusados de lesão corporal, homicídio e tentativa de homicídio culposo por meio de contaminação de alimentos. Um décimo indiciado, Paulo Luiz Lopes, um dos responsáveis técnicos pela Backer, faleceu em setembro de 2020.

Esses depoimentos marcam mais uma etapa no julgamento do Caso Backer. Anteriormente, testemunhas de acusação e defesa, incluindo vítimas, funcionários, parentes dos proprietários da empresa e especialistas técnicos em produção de cerveja, já depuseram à Justiça. No entanto, a data para a sentença final ainda não pode ser prevista.

Relembre o caso
Os casos de contaminação das cervejas da Backer foram descobertos nos primeiros dias de 2020, quando várias pessoas foram hospitalizadas por intoxicação após consumirem rótulos da marca, principalmente da Belorizontina.

A investigação da Polícia Civil posteriormente apontou que a contaminação das cervejas por monoetilenoglicol e dietilenoglicol ocorreu devido a um vazamento no tanque da fábrica. Dez pessoas perderam a vida e várias outras sofreram sequelas devido ao consumo de cervejas contaminadas.

O caso resultou na abertura de dois processos contra a Backer, um na esfera cível, buscando indenizações para as vítimas e seus familiares, e outro na esfera criminal.

Em julho, o Ministério Público de Minas Gerais e a Cervejaria Três Lobos, responsável pela marca Backer, firmaram um acordo de indenização para as vítimas. No entanto, o pagamento foi considerado válido para apenas nove vítimas, com adesão facultativa por parte delas, e só resulta na extinção do processo na esfera cível.

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