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Especial Vidro: Estética e circularidade impulsionam uso por cervejarias

Escolha pela embalagem de vidro pode se dar por aspectos de atratividade e sustentabilidade

A decisão sobre como envasar uma bebida é estratégica e passa por uma série de aspectos que vão muito além de meras preferências. Com os diferentes tipos de embalagem tendo suas virtudes e desafios, o vidro busca se destacar e conquistar as cervejarias por seus atributos estéticos, potencial de circularidade e características quando em contato com a bebida, de acordo com a visão de especialistas ouvidos pelo Guia.

Para quem deseja conquistar o consumidor em prateleiras concorridas e com elevada diversidade de opções, a garrafa de vidro pode ser um importante chamariz, como avalia Lucien Belmonte, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro).

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“Na gôndola, você tem apenas alguns segundos para chamar a atenção do consumidor, atribuindo um valor intrínseco e fechando a intenção de compra. E a embalagem é o veículo principal. Ela é uma parte super importante para a atribuição de valor pelo público”, afirma.

Na visão de Maria Victória Martins, especialista em inteligência de mercado da Verallia, o vidro tem esse potencial de se conectar com o consumidor pela variedade de formatos e possibilidade de uso pelas cervejarias, o que garante uma diversidade de opções.

“Isso acontece porque o vidro permite diversificação em termos de design, tamanho e peso das garrafas, que podem também ser fabricadas em cores diferentes, rotuladas em papel ou autoadesivo e decoradas conforme a proposta de cada cervejaria”, diz.

Além disso, o consumidor já tem em mente que cada tipo de embalagem de vidro pode servir para uma experiência diferente, na visão de Belmonte. “A long neck é vista como uma opção mais premium, enquanto o casco está associado com o produto econômico”, argumenta o superintendente da Abividro.

Os especialistas destacam, porém, que não são apenas aspectos estéticos que fazem com que o vidro seja uma opção interessante para o envase de cervejas. Características como resistência, durabilidade e impermeabilidade tornam esse tipo de embalagem uma solução interessante para quem atua no segmento.

A maior resistência do vidro garante uma carbonatação mais adequada, que também é preservada pela impermeabilidade desse material, evitando reações químicas.

“O vidro é a melhor barreira e garante a maior pureza no contato com a bebida e o alimento. É uma barreira mais eficiente de oxigenação e para as propriedades organolépticas, preservando o sabor. Ele não interage com a bebida. Por isso, também tem um shelf life diferente”, afirma Belmonte.

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Para os profissionais da indústria do vidro, a embalagem desse material também está em consonância com a sustentabilidade, sendo um importante aliado da economia circular, como destaca Gabriela Ditt, analista de relações institucionais e sustentabilidade da Abividro.

“O vidro é o material mais em linha com a economia circular. Ele é reciclado nas próprias fábricas de produção de novos vidros, substituindo a areia. É 100% reciclável e pode ser reciclado infinitas vezes, sem nenhuma perda no processo e nem diminuição de qualidade”, diz.

Além do seu aproveitamento para reciclagem, muitas embalagens de vidro, principalmente as garrafas de bebidas, são desenhadas para serem retornáveis, ou seja, podem ter diversos ciclos de reenvase antes de serem descartadas.

“Estima-se que uma garrafa de cerveja retornável pode ter até, aproximadamente, 35 ciclos de envase e consumo, sem a necessidade de serem descartadas e substituídas por garrafas novas”, afirma a analista de relações institucionais e sustentabilidade da Abividro.

A presidente da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), Cristiane Foja, ressalta que o vidro, assim, pode aproximar a cervejaria do consumidor, que vem ampliando o seu engajamento e a busca por produtos que estejam associados à sustentabilidade.

É uma tendência de consumo crescente: o público só adquire o produto se tiver propósito sustentável. Isso é, muitas vezes, um fator determinante na escolha. E o vidro traz essa proposta, por ser um material infinitamente reciclável, em que nada se perde

Cristiane Foja, presidente da Abrabe

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