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11 fornecedores avaliam o impacto da Covid-19 na indústria da cerveja

É praticamente unânime entre fornecedores a avaliação de intensa redução das atividades durante a crise do coronavírus

A paralisação dos serviços considerados não essenciais tem causado enorme impacto na economia nacional, o que se reflete na indústria de fornecedores da cerveja. Para compreender o tamanho da crise do coronavírus, o Guia ouviu gestores de diversos segmentos, como insumos, máquinas e embalagens, entre outros. E eles revelaram os efeitos sobre as suas empresas durante a quarentena.

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A comercialização de cerveja não está proibida, mas, como as atividades do varejo foram afetadas, houve enorme redução da demanda e, consequentemente, da produção. Com isso, a busca pelos serviços dos fornecedores também foi afetada, em função da procura reduzida por parte dos seus clientes.

É praticamente unânime entre fornecedores a avaliação de redução brutal da produção na indústria da cerveja. Foi o que apontaram as 11 empresas listadas abaixo, em depoimentos que retratam a difícil realidade do setor.

Confira, a seguir, 11 depoimentos de fornecedores da indústria da cerveja sobre o impacto da crise da Covid-19.

304 Importação
Felipe Panelli – Diretor Comercial
Em tempos de redução do consumo, circulação de pessoas e encerramento das atividades não essenciais, os clientes da 304 foram amplamente impactados. (…) O impacto, obviamente, chegou também à 304, reduzindo as receitas, e logo exigiu negociações com fornecedores e parceiros, além do corte de custos. São tempos difíceis, mas mantivemos os investimentos e o foco, porém com muita cautela.

Agrária
Rodrigo Pizzatto Lass – Coordenador de Marketing
A Agrária possui outros negócios além do fornecimento de insumos ao mercado cervejeiro e estes negócios foram pouco afetados pela pandemia da Covid-19. Porém, o mercado cervejeiro está sofrendo bastante e isto está nos impactando bastante, pois sentimos uma drástica diminuição do consumo por parte de nossos clientes.

Beer Business
Filipe Bortolini – Sócio
A crise do coronavírus nos impactou fortemente na realização dos cursos e consultorias presenciais. Com praticamente todos os nossos clientes parados ou operando de maneira reduzida, a maior parte das consultorias está em pausa até que se tenha um retorno das atividades. E, com o isolamento social, também não podemos realizar turmas presenciais de nossos cursos. Estimamos que, com a crise do coronavírus, tivemos uma queda de cerca de 80% do nosso faturamento.

Brewtrainer
Mauricio Margaritelli – Sócio
Temos três segmentos de atuação no mercado cervejeiro. (…) No negócio da TG Franchising, paralisamos as negociações de novos franqueadores e suspendemos por ora os desenvolvimentos. (…)  No negócio do Brewtainer, estamos com as atividades reduzidas em 50%. Não chegou a paralisar, pois o mercado percebe que ter unidades de bares menores e com menos custo fixo e de operação é uma tendência também, e um negócio leve e flexível em tempos de crise é sempre bem-vindo. (…) Temos o negocio também da TG/Beer Station, que são unidades móveis de venda de chope que podem ser colocadas em diversos estabelecimentos de terceiros, como barbearias, mercados, condomínios. (…) Este negócio vai bem.

Cooperbreja
André de Polverel – Presidente
O impacto foi enorme, sobretudo porque a economia como um todo não vinha tão bem e havia uma expectativa de melhora com as reformas que estavam sendo discutidas no Congresso brasileiro. Nosso volume de vendas caiu em cerca de 60%.

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Label Sonic
Bruno Lage – Sócio-diretor
Falar em queda das vendas é “chover no molhado”. (…) Estamos esperançosos que as empresas estejam conseguindo achar soluções para reativar a sua produção. No entanto, nossos insumos são cotados em dólar. E nossos custos dispararam com o dólar aumentando dia-a-dia! Estamos segurando preços e mantendo os empregos, pois nesta hora é o que toda empresa precisa fazer.

Mcpack
Marcelo Cozac – Diretor
O coronavírus gerou um impacto de redução de produtividade entre 20% e 30% na Mcpack. Todos os funcionários seguem trabalhando, sendo a maioria deles em home office, seguindo todos os protocolos de segurança recomendados pelas autoridades. O maior impacto é na limitação em realização de visitas a clientes. Alguns trabalhos que já estavam planejados para serem executados foram postergados e visitas comerciais reduzidas em praticamente 100%. (…) Em números, temos apenas alguns problemas com atrasos de pagamentos, principalmente do setor de cervejarias artesanais, as quais foram muito prejudicadas, pois seus maiores volumes são os consumos em seus próprios bares, que estão fechados.

M&P
Michel Gervasoni e Patrícia Lopes – Sócios
O impacto é considerável, pois nosso portfólio de facility services direcionados a eventos foi afetado diretamente, uma vez que aglomerações estão proibidas e sem data de retorno previsto. (…) Temos aproximadamente R$ 600 mil colocados em caráter suspensivo, até que a retomada das atividades aconteça, efetivamente. É uma receita significativa e necessária.

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Palenox
Candida Palagi – Diretora de Marketing
O momento exige dos gestores do mercado cervejeiro adaptação para ajudar a manter saudável toda a cadeia, prejudicada desde o início da pandemia. O isolamento, tanto físico quanto social, se tornou uma espécie de “novo normal” ao redor do planeta.  E essa nova realidade mudou a forma como vivenciamos a experiência com a cerveja artesanal. Nós, da Palenox, buscamos maneiras de manter a produtividade e de garantir que a dinâmica da equipe siga positiva. Com perda de 70% dos pedidos de março, em abril 80% e até agora no mês de maio com previsão de mais redução, tomamos as seguintes medidas: adequação da estrutura funcional; redução da jornada de trabalho; redução nas necessidades de compras; renegociações de prazos junto a clientes devido à entrega de fornecedores.

Theodosio Randon
Leandro Schimanski – Comercial
Com a chegada do coronavírus ao Brasil, nossa produção mensal baixou consideravelmente, pois nossa maior fonte de saída de cerveja, que é o bar, está fechada há dois meses, então acabamos ficando com mais de 6 mil litros de cerveja em estoque e, com isso, tivemos de segurar todas as produções agendadas.

Zero Grau
Leandro Spaniol – Coordenador de marketing
Estamos sentindo os impactos provocados pelo coronavírus, como todas as empresas do Brasil. De uma forma geral, o mercado está cauteloso na realização de investimentos em novos bens e equipamentos. Percebemos diferenças entre os mercados de bebidas e de alimentos, pois algumas empresas de fabricação de congelados tiveram até aumento de demanda com as pessoas em casa. Estamos vendendo para indústrias e comércios que atendem as necessidades básicas das pessoas. Com as pessoas em casa, elas estão buscando mais conforto e comodidade. (…) Abril foi um mês bem mais fraco do que o normal, onde todos pararam e o mercado ficou apreensivo, esperando um movimento. O estado de São Paulo fechar, mexe com a economia de todo país. Maio já reagiu melhor, percebemos que alguns empresários não estão mais esperando e, sim, buscando alternativas para adaptar seus negócios e fornecer produtos e serviços de forma diferenciada, por delivery ou autoatendimento – como é o caso das minicâmaras com sistema de automação de chopp.

1 Comment

  • JOCA Reply

    21 de maio de 2020 at 10:08

    Acredito na capacidade do empreendedor diagnosticar cenários prováveis do mercado, especialmente da cadeia produtiva da cerveja, para tomada de ações o mais assertivas possíveis. Desafio é grande, mas parcerias podem surgir como grande diferenciador das relações entre fornecedores do mercado.

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