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Guia na Copa: Suíça é país europeu com mais cervejarias por habitante

Suíça possui 139 cervejarias para cada um milhão de habitantes, mas tem consumo relativamente baixo

Na fronteira norte, um país que é sinônimo de cerveja, a Alemanha. No oeste e no sul, a divisão é com os territórios franceses e italianos, conhecidos pela tradição vinícola. No meio, se equilibrando entre essas trajetórias alcoólicas, está um país marcado popularmente pela neutralidade em conflitos. Essa nação, em eterna tentativa de se equilibrar, é a Suíça, segunda adversária da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar e país com a maior densidade de cervejarias por habitantes da Europa, uma situação alcançada após abandonar um cartel no início dos anos 1990.

De acordo com dados de 2020, a Suíça possui 139 cervejarias para cada um milhão de habitantes. Assim, está muito acima da proporção de outros países, inclusive aqueles com enorme tradição cervejeira na Europa, caso da República Checa, a segunda colocada da lista, com 57 cervejarias para cada milhão de habitantes. A Eslovênia, com 50, é a terceira.

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Dados da Brewers of Europe, que representa associações cervejeiras de 29 países, colocaram, em 2020, a Suíça como quarta nação com mais cervejarias – 1.212 –, atrás apenas de França (2.300), Reino Unido (1.870) e Alemanha (1.528).  E isso se deu com um enorme salto de empresas registradas, de 483 em 2014 para as 1.212 de 2020.

É um cenário bem diferente ao que imperou no país até o início dos anos 1990, quando havia um cartel da cerveja. Ele definia preços da bebida e áreas de atuação de cada marca, o que provocou estagnação do mercado e quase nenhuma inovação.

O seu encerramento em 1991, com o apoio estatal, abriu o caminho para um mercado mais amplo, ainda que hoje dominado por duas grandes multinacionais cervejeiras, o Grupo Heineken e a Carlsberg, com suas variadas marcas sendo responsáveis por 70% do volume vendido na Suíça.

Essa mudança de cenário é explicada pela abertura de centenas de microcervejarias ao longo dos últimos anos. De acordo com a Brewers of Europe, o país é o terceiro com mais microcervejarias, aquelas que produzem até mil hectolitros. São 1.159, contra as 2 mil da França e as 1.815 do Reino Unido, sendo que em 2014 a Suíça tinha apenas 440.

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O salto tem relação, também, com a legislação do país, que classifica qualquer produção de 400 litros ou mais da bebida em um ano como uma cervejaria. E é nessa base onde o número de registros mais cresceu. A expansão foi de 124% de 2015 a 2020 entre as cervejarias que produzem até 20 hectolitros por ano.

A quantidade de cervejarias, porém, ainda não é replicada no consumo e fabricação. O estudo da Brewers of Europe coloca a Suíça, em 2020, apenas em 19º lugar em produção, com 3,404 milhões de hectolitros, o que representa apenas 3,91% do que a Alemanha fabricou no mesmo período – 87,027 milhões de hectolitros.

Não é muito diferente em termos de consumo, com a Suíça sendo a 15ª colocada, com 4,530 milhões de hectolitros em 2020, apenas 5,76% dos 78,706 milhões de hectolitros da líder e vizinha Alemanha. E a Suíça também tem desempenho modesto no consumo per capita, de 52 litros anuais para cada um dos seus 8,5 milhões de habitantes, na 19ª colocação, distante da líder República Checa, com 135 litros. Já em um ranking elaborado pela Kirin é o 34º país em consumo per capita de cerveja no mundo.

Como foi o último ano
Números divulgados na última semana revelaram que no período de 1º de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022, a Suíça vendeu 469 milhões de litros de cerveja, uma alta anualizada de 6%. São, porém, 10 milhões a menos do que no período pré-pandemia.

Esse crescimento na comparação com 2021 foi puxado pela produção local, que expandiu 9%, para 364 milhões, sendo que as importações caíram 2,2%, de acordo com a Associação Cervejeira Suíça (SBA, na sigla em inglês). Além disso, a compra de cerveja para consumo fora do lar, como em bares e restaurantes, atingiu 33%, com o varejo representando 67% do mercado.

Ao longo do período de 12 meses, o preço da cerveja teve alta de 6,8% na Suíça. Também por lá, o boom da cerveja sem álcool é claro. As vendas cresceram 20,6% em um ano, passando a ter uma participação de mercado de 5,7%. E a SBA estima que ela possa chegar a 10% ao longo dos próximos cinco anos.

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