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Por mais mercado, Heineken negocia compra do grupo líder em bebidas na África

Heineken revela negociações com Distell Group, mas diz que não pode haver certeza de que um acordo será alcançado

A Heineken pode fechar uma relevante aquisição que ajudaria a ampliar a sua participação no mercado da África. A multinacional holandesa confirmou que está em negociações para comprar uma participação majoritária do Distell Group Holdings, considerado o maior produtor e vendedor de bebidas alcoólicas da África, o que inclui cervejas, destilados, vinhos e sidras.

Em um comunicado, a Heineken declarou que “está atualmente envolvida com a Distell em relação a uma transação potencial”, explicando que as discussões estão em andamento. Alertou, porém, “que não pode haver certeza de que um acordo será alcançado.” A empresa sul-africana também confirmou as negociações.

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O Distell Group tem um valor de mercado estimado em US$ 2,26 bilhões (aproximadamente R$ 12,13 bilhões). Curiosamente, a SAB Miller era uma das suas principais acionistas até 2016, quando precisou desfazer a sua participação após ser adquirida pela AB InBev, que agora pode ver a empresa sul-africana ir para as mãos da segunda maior cervejaria do mundo, o que aumentaria, imediatamente, a concorrência entre as gigantes pelo mercado do país.

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Caso a negociação tenha êxito, a Heineken ganharia acesso à enorme rede de vendas do Distell não apenas na África do Sul, mas também em outros países do continente onde o grupo cervejeiro holandês tradicionalmente não é tão forte, ainda que tenha crescido recentemente. Ao divulgar o seu balanço do primeiro trimestre, a empresa reportou alta de 9,9% nas vendas na África, Oriente Médio e Europa Oriental, com destaque para o desempenho na África do Sul e na Nigéria.

Incertezas
Há dúvidas, porém, sobre como a Heineken lidaria com as outras categorias de produto do Distell, pois até agora a empresa não tem demonstrado grande interesse no mercado de destilados. Afinal, o portfólio do Distell Group inclui bebidas como a Amarula e diversas marcas de uísque, como Bain’s Cape Mountain, Black Bottle, Bunnahabhain, Deanston, Ledaig, Three Ships e Tobermory.  

Assim, um maior olhar para esse segmento de bebidas representaria uma mudança de estratégia da Heineken na gestão de Dolf van den Brink, que se tornou seu CEO em junho de 2020, sucedendo Jean-François van Boxmeer, que ocupou a função durante mais de 15 anos.

Com isso, ainda não é possível saber se o movimento da Heineken envolve a busca pela ampliação da presença no mercado africano ou no de bebidas alcoólicas – ou ambos. Mas indica novos objetivos da companhia mesmo em um cenário de dificuldades, provocadas pelo impacto da pandemia do coronavírus.

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