Matisse adere ao comércio digital com aposta no conceito de ‘loja da fábrica’

A Cervejaria Matisse decidiu investir em uma nova modalidade de comércio ao criar a sua loja virtual. A adesão pela marca artesanal de Niterói segue a tendência mundial de crescimento do comércio digital, acelerada em 2020 por causa da pandemia da Covid-19. E, embora Mario Jorge Lima, seu sócio-fundador, avalie que o comércio possa estar se tonando “mais massificado e impessoal”, a empresa aposta no conceito de “loja da fábrica” para manter a essência de “relação de proximidade”.
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No primeiro semestre, o e-commerce teve o melhor desempenho dos últimos 20 anos no Brasil, de acordo com uma pesquisa da Ebit/Nielsen, em parceria com a Elo. O faturamento com as vendas virtuais saltou 47% no período, totalizando R$ 38,8 bilhões. “O varejo virtual tem sido percebido por um número cada vez maior de pessoas como uma prática econômica, eficiente, segura e ambientalmente correta”, destaca Mario Jorge.
Mas, de um lado, se a venda pela loja virtual tem suas vantagens, especialmente a comodidade, por outro, se não bem observada pelos comércios menores, pode extinguir a relação de proximidade entre vendedor e cliente, algo que a Matisse tenta evitar. “A ideia é trazer o consumidor para perto, disponibilizar o contato e permitir que ele pergunte sobre as cervejas”, explica ele.
Para isso, a cervejaria confia no conceito de “loja da fábrica”, o que impulsionou a Matisse na criação de seu e-commerce. “A loja da fábrica é sempre um atrativo. Primeiro, porque provavelmente tem todos os produtos da marca, até o último lançamento, e itens exclusivos. Depois, porque devem estar mais fresquinhos. E, principalmente, quando se trata de alimentos, isso é importante. E, ainda, porque os preços devem ser melhores do que em outros lugares”, destaca Mario Jorge.
Contato direto
A nova loja deverá oferecer cervejas às pessoas da forma mais direta possível – assim como acontecia nos eventos e festivais. O objetivo é incentivar que o consumidor entre em contato, pergunte e conheça os estilos, os ingredientes, a história e a arte por trás de cada rótulo. “Só vai faltar mesmo a provinha, mas, para compensar, tem sempre uma descrição detalhada das características de cada cerveja, elaborada por sommeliers.”
Na loja, o consumidor pode encontrar todos os rótulos da Matisse, embora os chopes só sejam comercializados em growlers. Nestes casos, a área de entrega é restrita, para garantir a preservação do produto. “A maioria dos rótulos está disponível em garrafas que podem ser despachadas para qualquer local do Brasil. E ainda tem souvenires, copos, camisetas, kit degustação e kit para colecionadores, tudo com muita arte e bom gosto”, conta Mario Jorge.
Para o cliente, o benefício é ter acesso às cervejas diretamente da fábrica, como afirma o sócio-fundador da Matisse. “Com pleno conhecimento do que está comprando, com toda segurança e conforto”.
No caso de dúvidas, canais de comunicação estão disponíveis para um atendimento direto pelos “artesãos” que produzem as cervejas. “Para a Matisse é importante trazer o consumidor para perto, saber se ele gostou da cerveja, se ficou feliz com a compra, estabelecer um canal de comunicação, uma relação de confiança e aproveitar esse feedback para melhorar sempre”, conclu Mario Jorge.
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