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Hard seltzer e cerveja sem álcool: A mudança das artesanais para indústrias de bebidas

Fábrica da Blondine, cervejaria paulista que recentemente lançou a sua hard seltzer, a Verano

O paladar do consumidor cervejeiro está em mutação e as marcas precisam se adaptar, tornando-se mais completas a partir da diversidade de opções. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Guia, o ano de 2021 marcará o aprofundamento da busca por opções até então pouco ofertadas e óbvias, como as hard seltzer e as cervejas sem álcool. Além disso, apontam que há um público acostumado com os rótulos premium que pode ser atraído para o seu mercado pelas cervejarias artesanais.

Já bastante presente nos Estados Unidos, as hard seltzer vêm, ainda que timidamente, chegado ao mercado brasileiro. A bebida, que pode ser definida como um refrigerante alcoólico, teve uma versão lançada no país pela Coca Cola. E a Blondine criou a Verano.

Leia também – Após ano difícil, cervejarias reforçam aproximação do consumidor final

Na avaliação da sommelière de cervejas Bia Amorim, essa será uma tendência que conquistará espaço no Brasil em 2021, com potencial para cair no gosto dos jovens consumidores. E ela aponta que várias cervejarias artesanais não teriam dificuldades de adaptação de suas plantas para produzi-las, tendo uma oportunidade real de ampliação da presença no mercado.

“As hard seltzer estão chegando e, com essas novas bebidas, as cervejarias talvez comecem uma transformação para ‘indústria artesanal de bebidas’. Os equipamentos estão aí, as licenças precisam se adequar e existe um consumidor jovem a agradar”, analisa Bia, destacando que marcas poderiam até ampliar a sua participação na indústria de bebidas a partir da entrada nesse segmento.

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Seguindo essa tendência, Bia Amorim também prevê que o público cervejeiro está em busca de opções que possam alterar o seu hábito de consumo, ainda que sem deixar de lado a sua bebida preferida. Foi, inclusive, o que se viu no Brasil em 2020, quando a versão sem álcool da Heineken teve sucesso estrondoso desde o seu lançamento.

“Produtos com menos álcool ou zero álcool estão agora em uma onda importante e com gente grande trazendo sabor e ações com cara de novidade. Espero ver essa educação cervejeira crescente e latente, ajudando a todas as pessoas que gostam de beber cerveja, mas podem olhar de maneira diferente para seu consumo”, argumenta a sommelière.

Essa mudança no paladar do público cervejeiro também pode moldar outras oportunidades para as marcas artesanais. Carlo Enrico Bressiani, diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), aponta algumas delas. Para o especialista, alguns consumidores de cervejas premium têm buscado “testar” o segmento de artesanais.

Bressiani destaca que essa possiblidade passou a estar disponível em canais de venda diferentes aos usuais bares e restaurantes, uma oportunidade que se abriu para as cervejarias artesanais durante a pandemia do coronavírus.

“Há uma migração da cerveja premium não diretamente para a cerveja artesanal, mas, de vez em quando, experimentando cervejas diferentes. Essa mudança de paladar, mesmo com a Covid, se mostra uma tendência concreta e crescente”, comenta o diretor da ESCM. “Isso para o consumidor é interessante porque ele tem mais opções de cervejas especiais, mais acessível a eles, em locais onde ele já consome qualquer tipo de alimento, e não só em bares e restaurantes especializados. Então, acho que essa é a grande mudança.”

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