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Produção de alcoólicas cresce 1,7% em mês com retração da indústria

Apesar da alta em agosto, fabricação de bebidas alcoólicas ainda apresenta retração de 1,6% ao longo de 2022

Pelo segundo mês consecutivo, a fabricação de bebidas alcoólicas registrou alta no Brasil, ficando acima do ritmo da indústria, que voltou a retrair. A Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, relatou aumento de 1,7% na produção deste item em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse ritmo da fabricação de bebidas alcoólicas ficou acima da estimativa da XP Investimentos (1,0%), ainda que não tenha sido suficiente para mudar cenários de queda da atividade. Afinal, a produção de bebidas alcoólicas ainda apresenta retração de 1,6% ao longo de 2022, também caindo 3,8% nos últimos 12 meses.

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É um cenário bem diferente ao constatado na produção de bebidas não alcoólicas, que teve uma expressiva elevação de 16,5% na comparação com agosto de 2021. Além disso, agora sobe 12,3% no amontoado dos oito primeiros meses do ano. E o crescimento é de 4,1% nos 12 meses imediatamente anteriores a agosto de 2022.

Já a fabricação de bebidas registrou aumento de 1,7% em relação a julho e foi 8,9% maior do que em agosto de 2021. Já no acumulado do ano, a elevação é de 4,8%. Porém, nos últimos 12 meses, a produção ainda registra queda, de 0,1%.

Esses resultados ampliam o cenário de otimismo para o restante do segundo semestre, de acordo com analistas, como publicado pela XP no Monitor da Indústria de Bebidas.

“Entendemos que há novos fatores a serem considerados além dos dados históricos (ou seja, auxílios governamentais, eleições, Copa do Mundo) e, portanto, continuamos otimistas quanto ao consumo de cerveja no 2S22; e (iii) a produção de bebidas não alcoólicas surpreendeu novamente e ficou 3,5% acima das nossas estimativas, aumentando significativamente as estimativas para os meses seguintes ao aplicarmos a sazonalidade”, afirma.

E a indústria?
Já a produção industrial em agosto ficou negativa em 0,6%, na confrontação com julho. Na comparação com agosto do ano passado, a indústria brasileira cresceu 2,8%. Mas no período de janeiro a agosto, há queda de 1,3%, enquanto nos últimos 12 meses a retração no ritmo da atividade é de 2,7%.

Uma das principais influências negativas para a indústria brasileira cair 0,6% em agosto foi a fabricação de produtos alimentícios, que diminuiu em 2,6%. Os setores de produtos têxteis, com índice negativo de 4,6%, além dos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4.2%) e de indústrias extrativas (-3,6%) foram outros segmentos com desempenhos ruins em agosto.

O IBGE também ressaltou que duas das quatro grandes categorias econômicas e oito dos 26 ramos investigados tiveram redução na produção. Desta forma, o setor industrial brasileiro ainda se encontra em ritmo 1,5% inferior ao do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

“A produção industrial mostrou melhora no seu ritmo ao longo de 2022, o que fica expresso, especialmente, na maior frequência de resultados positivos no ano: avançou em cinco dos oito meses de 2022. Neste mês (de agosto), volta a marcar queda, mas com a característica de ser um recuo concentrado em poucas atividades, uma vez que somente oito das 26 apontaram taxas negativas”, explica o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo.

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