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Heineken lucra 1,63 bi de euros no semestre, mas se preocupa com alta de custos

Companhia apontou em seu balanço uma receita líquida de 9,971 bilhões de euros, um crescimento orgânico de 14,1%

Bons resultados para o primeiro semestre, mas um cenário ainda muito desafiante para o restante de 2021 em função do aumento dos custos e da continuidade dos impactos da pandemia do coronavírus. Foi assim que a Heineken se posicionou nesta semana, ao divulgar o seu balanço financeiro global da metade inicial do ano, com um lucro operacional recorrente de 1,628 bilhão de euros.

O Grupo Heineken também apontou em seu balanço uma receita líquida de 9,971 bilhões de euros, o que representou um crescimento orgânico de 14,1%. Além disso, o volume consolidado de cerveja cresceu 9,6% no período, impulsionado pela marca Heineken, que expandiu 19,6% no primeiro semestre.

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Mas, mesmo destacando esses aspectos positivos, a Heineken admitiu que o contexto segue em alerta para os desafios que vai encarar nos próximos meses, como alertou o seu CEO, Dolf van den Brink, no comentário do balanço. 

“Também há motivos para cautela. Em primeiro lugar, a Covid-19 continua sendo um fator, com o maior impacto atualmente nos principais mercados da Ásia e da África. Em segundo lugar, vemos um aumento nos custos das commodities, que, nos níveis atuais, começará a nos afetar no segundo semestre deste ano e terá um efeito material em 2022. No geral, esperamos que os resultados financeiros do ano inteiro permaneçam abaixo de 2019”, projetou Brink. 

A Heineken apontou, ainda, que o crescimento da sua principal marca se deu em mais de 10% em mais de 50 mercados, principalmente no Brasil, China, Vietnã, Nigéria, África do Sul, Itália, Polônia, Colômbia e México. Um cenário semelhante se dá com a Heineken 0.0. Nesse caso, a opção sem álcool cresceu perto de 40% em volume, com um desempenho particularmente forte no Brasil, Estados Unidos, México, Reino Unido e Polônia.

E o Brasil, ao lado de México, África do Sul e Nigéria, teve impacto positivo no crescimento superior a 20% das vendas da Amstel no período, segundo o balanço da Heineken, que destacou também os efeitos positivos do lançamento da marca na China no fim de 2020.

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O lucro operacional também teve forte contribuição do Brasil, muito em função da contabilização de um crédito fiscal de 174 milhões de euros, resultado da decisão do STF de considerar inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cobrança do PIS/Cofins.

Nos comentários do seu balanço, a Heineken também citou três iniciativas adotadas nos últimos meses no Brasil pelo grupo: o lançamento da Tiger, ocorrido em julho; o comprometimento de tornar a produção carbono zero até 2023; e o comprometimento de 10% do orçamento de mídia da Amstel no país para aumentar a conscientização e apoiar a comunidade LGBTQIA+, incluindo mais recentemente o lançamento da campanha “Eu sou o que sou”.

E as ações?
No mercado financeiro, o efeito da divulgação do balanço da Heineken foi reduzido. O papel fechou o pregão da última segunda-feira, na Europa, com o preço de 98,80 euros, uma valorização de 0,61% em relação ao fim de julho, mês em que terminou cotado a 98,20 euros. 

Já no último mês, a ação da Heineken terminou com desvalorização de 4,58%, pois tinha fechado junho custando 102,70 euros. Ainda assim, há alta de 7,65% de janeiro até o fim de julho, tendo finalizado 2020 valendo 91,22 euros. 

No mercado externo, por sua vez, a ação da AB InBev também desvalorizou em julho, ao fechar o mês cotada a 53,40 euros – houve perda de 12,89% no último mês. E ela está com alta de 6,33% de janeiro até o fim de julho. 

Ambev desvaloriza
Sob o impacto da divulgação do balanço do segundo trimestre na última quinta-feira, a Ambev terminou julho com a sua ação em baixa na Bolsa brasileira: o seu valor ao fim do mês ficou em R$ 16,64. Isso se deu após uma perda de 4,17% apenas nos dois pregões de julho realizados após a divulgação do balanço.

O papel, que vinha em alta no sétimo mês de 2021, terminou julho com desvalorização de 2,58% em relação aos R$ 17,07 de junho. Ainda assim, há alta de 6,33% em relação aos R$ 15,65 do fim de 2021.

Já o Ibovespa fechou o mês de julho com perdas de 3,94%, aos 121.801 pontos. Mas ainda há valorização de 2,34% em 2021.

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