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Abracerva faz pesquisa para mapear efeitos da crise e realizar ações

Respostas ao questionário ajudarão balizar a atuação da Abracerva em busca da redução dos efeitos da pandemia

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o mundo vivia a pandemia do coronavírus. Se naquele momento o planeta acumulava 4 mil mortes, a doença já fez mais de 2,8 milhões de vítimas passado pouco mais de um ano, provocando grave crise econômica e sanitária. É dentro desse contexto que, para compreender a extensão dos problemas e agir de modo mais preciso, a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) lançou uma pesquisa para mapear os desafios enfrentados pelo setor nesse período.

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O questionário da Abracerva é uma das ações da direção nacional da entidade para ajudar o segmento cervejeiro a lidar com os efeitos da crise. A associação também está envolvida e lidera um grupo de trabalho sobre o impacto da pandemia na Câmara Setorial da Cerveja, ao lado de outras importantes entidades.

“Para implementarmos ações estratégicas que possam minimizar este cenário, criamos na Abraceva e lideramos na Câmara Setorial da Cerveja o Grupo de Trabalho Crise-Covid. Este Grupo de Trabalho tem como objetivo identificar os pontos críticos e implementar ações junto aos associados, com a missão de reduzir os impactos causados por este momento de desequilíbrio”, destaca a associação.

A pesquisa realizada pela Abracerva nacional junto aos seus associados sobre os efeitos da crise pode ser acessada através do link. E a entidade destaca que as respostas ao questionário ajudarão a balizar a sua atuação em busca da redução dos efeitos da pandemia sobre o segmento.

Bianca Tutini, que preside a regional São Paulo da Abracerva, aponta a importância de a associação conseguir levantar dados estatísticos a respeito da crise. “O segmento das cervejarias artesanais no Brasil é carente de dados e esta é uma grande oportunidade de levantarmos essas informações e identificarmos as reais dificuldades do setor. A partir deste retrato poderemos focar nas ações prioritárias e direcionar as demandas de projetos da associação em favor dos nossos associados”, conta Bianca à reportagem do Guia.

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Setor em crise
Os problemas enfrentados pelo setor têm relação direta com a necessidade de fechamento dos pontos de venda, como bares e restaurantes, e do isolamento da população em suas residências, além do cancelamento de eventos, o que provocou um cenário alarmante.

“É fundamental que identifiquemos as ameaças presentes em nosso mercado, para embasar nossa argumentação em defesa do setor e para que possamos trabalhar em conjunto as questões jurídicas, tributárias, ocupacionais e econômicas”, acrescenta a Abracerva em comunicado aos associados.

Já Bianca destaca que mesmo se reinventando, com a mudança no foco das cervejarias e a venda da bebida em formatos e modalidades diferentes ao usual pré-pandemia, as empresas têm sofrido durante a crise da Covid-19 por desafios que vão além apenas das restrições sobre o consumo e incluem a falta de insumos.

“Mesmo com a reinvenção dos canais de vendas digitais, o foco no consumidor final e a apresentação de novas formas de consumo da cerveja artesanal através de growlers e crowlers, take away e delivery, para grande parte das microcervejarias ainda não é o suficiente para equilibrar as contas por tanto tempo”, aponta Bianca. “Enfrentamos dificuldades com a falta de insumos como papelão, garrafas de vidro e o aumento no preço dos insumos. Fazer cerveja hoje ficou mais caro e isto impacta no custo de produção e no bolso do consumidor final também.”

E a presidente da regional São Paulo da Abracerva lembra que o setor cervejeiro é um importante gerador de empregos para destacar a necessidade de as empresas receberem apoio governamental para superarem um cenário com tantas adversidades.

“Somos um dos setores que mais empregam no Brasil. Segundo a FGV, para cada emprego gerado em uma fábrica de cerveja, outros 52 são criados na cadeia produtiva. O número de postos de trabalho no setor de cerveja tem apresentado crescimento muito acima da média da indústria brasileira. Precisamos de apoio governamental, prorrogação e/ou parcelamento de impostos e incentivos fiscais, seguido de crédito com juros acessíveis ou subsidiados”, conclui Bianca.

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