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Parcerias e ações digitais: Conheça as estratégias dos fornecedores durante a crise

Fornecedores do setor cervejeiro têm buscado dar suporte aos parceiros durante o período da crise do coronavírus

Passados dois meses da eclosão da crise do coronavírus, com o brutal impacto no setor provocado pela necessária quarentena, a indústria de fornecedores do mercado cervejeiro vem buscando alternativas para minimizar a queda de seus negócios. Consultados pelo Guia, gestores apontam a parceria e a aproximação dos clientes como principais estratégias para compensar as perdas durante o período de isolamento.

Leia também – 11 fornecedores avaliam o impacto da Covid-19 na indústria da cerveja

Em um momento de redução expressiva das atividades e do faturamento, o plano tem sido dar suporte aos clientes para que, minimamente, o setor siga operando de modo saudável e as indústrias continuem fornecendo suas embalagens, máquinas e insumos. “Em tempos de isolamento social, quanto mais perto e conveniente estiver seu produto do seu consumidor, melhor”, resume Mauricio Margaritelli, sócio da Brewtainer.

A ideia, assim, é conseguir passar unido aos clientes por esse momento inédito de dificuldade, como reforça Rodrigo Pizzatto Lass, coordenador de marketing da Agrária. “Podemos adiantar que não estamos repassando aumento de preço nos produtos em função da disparada do dólar e vamos lançar uma campanha de bonificação, além de termos diversos produtos com descontos”, detalha Rodrigo.

Com o contato mais próximo com as empresas, segundo acrescenta Felipe Panelli, diretor comercial da 304 Importação, é possível compreender as necessidades dos parceiros e apresentar soluções, até para que os negócios permaneçam ativos. Ele também revela a ampliação de iniciativas no mundo digital.

“Nossa posição, neste momento atípico, é de aumentar ainda mais o apoio aos nossos clientes. Entendemos a gravidade da situação e, de maneira customizada, identificamos as necessidades e adequamos nossos produtos e soluções”, diz Felipe. “Também lançamos novas soluções ao mercado com foco no alivio do fluxo de caixa, iniciamos uma estratégia cooperativa de divulgação dos produtos dos nossos clientes em nossos canais digitais, sem custo, e mudamos a maneira de como trabalhamos internamente.”

Estar mais presente junto ao cliente também foi uma das estratégias adotada pela Zero Grau. A empresa tem sugerido novos modelos de negócios, como explica Leandro Spaniol, coordenador de marketing da companhia.

“Colocamos todo nosso time comercial, de marketing e engenharia em um canal aberto para conversar com nossos clientes, a fim de prestar apoio e poder ajudar com pesquisa e inovação. Nos próximos meses não deve ser diferente: a pandemia instituiu novos hábitos de consumo, novos padrões que podem até durar mais tempo, mesmo depois que o distanciamento social acabar”, avalia Leandro.

Ações online
Assim como em outros setores da economia, o trabalho remoto e as iniciativas online deixaram de ser uma mera alternativa, tornando-se a principal aposta para a continuidade das atividades. Um exemplo claro está na Beer Business, que passou a concentrar seus cursos no modelo de educação à distância (EAD).

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“Foi necessário tomar ações para atravessar essa fase. Essas ações envolveram, primeiramente, a redução de custos fixos, com maior utilização do home-office e ferramentas de comunicação digital, e também a adoção de softwares e ferramentas gratuitas. Em relação aos serviços, passamos a utilizar uma ferramenta de EAD e estamos realizando turmas online dos nossos cursos de gestão e planejamento de negócios”, detalha Felipe Bortolini, sócio da empresa especializada em cursos e consultorias técnicas e de negócios para o mercado cervejeiro.

A ampliação de ações digitais também está entre as estratégias da Cooperbreja, embora esse não seja o único meio em que a cooperativa concentre as iniciativas. O seu plano principal é se tornar um polo aglutinador, com a ampliação dos associados, em um momento de dificuldade para todas as empresas.

“Nosso principal objetivo nos próximos meses é buscar nos tornar o centro de compra e de distribuição de insumos para as cervejarias que estão com dificuldades de conseguir aporte de capital e renegociação com seus principais fornecedores”, relata André de Polverel, presidente da cooperativa.

“Esperamos que estas cervejarias, sobretudo as pequenas, se tornem sócias da cooperativa, e através da cooperação mútua possamos com poder efetivo de compra vencer os desafios que esta pandemia nos impõe com criatividade e competitividade baseadas em informações técnicas e precisas”, acrescenta o presidente da Cooperbreja.

Novidades com foco em 2021
Além de iniciativas online e do reforço das ações de parcerias, a pandemia de coronavírus está levando algumas indústrias a olharem para o futuro. Usar novas embalagens para chegar ao público confinado, por exemplo, tem sido uma das estratégias da cervejaria da Theodosio Randon, que também aproveitou o período de poucas atividades e demanda para realizar testes visando o futuro, além de obras de manutenção.

“A primeira forma que encontramos de dar uma saída à nossa cerveja foi trabalhar com growler de PET. Hoje a saída de growler está grande, ajudando a pelo menos pagar as contas da cervejaria. Estamos aproveitando também para colocar algumas receitas-teste em prática e também fazer e adiantar manutenções da fábrica”, comenta Leandro Schimanski, do setor comercial da empresa.

Empresas também têm trabalhado na renegociação de acordos, sob a expectativa de melhora do cenário econômico no próximo ano. “Para minimizar os impactos, estamos negociando os pagamentos com nossos clientes. Acreditamos que o mercado começará a normalizar no segundo semestre de 2020. Espero que o verão de 2021 seja muito bom e que todo mercado de bebidas e alimentos possa se recuperar”, aposta Marcelo Cozac, diretor da McPack.

Com perda de 80% dos pedidos em abril, por sua vez, a Palenox precisou fazer vários ajustes, como adequação da estrutura funcional, redução da jornada de trabalho e redefinição das compras, além de renegociações de prazos junto a clientes. Ao mesmo tempo, já começa a pensar na volta, sem restrições das atividades, definindo estratégias.

“Ressignificamos produção, compras, consumo, comunicação e esperamos sair dessa em um mercado mais maduro, pois toda crise vem para nos abrirmos para novas possibilidades”, conclui Candida Palagi, diretora de marketing da Palenox.

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