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Independência: Uma busca de consumidores, cervejeiros e do mercado

independência ou morte Pedro Américo)
Independência é estar livre para pensar, consumir e produzir a cerveja sem amarras, avalia presidente da Acerva Paulista

É comum que os brasileiros mal se lembrem das razões para os feriados de nosso calendário. Quando essas datas caem em um final de semana sem provocar um dia de folga, como é o caso desse 7 de setembro, os fatos e personagens históricos homenageados pelo feriado vão de vez para o esquecimento. Mas este é o feriado da independência e, para cervejeiros e adoradores da bebida em geral, é um assunto bastante pertinente e atual. O que é ser independente nesse universo?

A história brasileira assume que (há versões menos glamourosas) a independência do país foi proclamada Por Dom Pedro I em 1822, às margens do Rio Ipiranga, desvinculando o Brasil do império português e acabando (em tese) com uma relação de dominação. Hoje, há 11 km de distância do Ipiranga, a Associação dos Cervejeiros Artesanais de São Paulo (Acerva Paulista) luta pela independência do cervejeiro, do consumidor e, consequentemente, das cervejarias, sob uma ótica bastante particular.

Leia também: Chegamos a 1000 cervejarias no Brasil. E agora?

Exercer a independência ao consumir, na opinião de Rodrigo Jordão Rosa, presidente da Acerva Paulista, é não aceitar tudo o que nos forçam de maneira passiva. “É buscar maneiras de pensar e de consumir. Ter as coisas perto de você e consumir comprando do produtor local te torna independente para escolher”, afirma ele. “Em Piracicaba você vai ao restaurante por quilo e tem cerveja local, de boa qualidade. Você pode escolher. Isso é lindo. É um caminho sem volta”.

Já os cervejeiros caseiros, que têm a produção de sua cerveja para consumo próprio estão, sob a ótica de Rosa e da Acerva Paulista, exercendo sua independência ao explorar, estudar e produzir.

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“Ele vai para o mercado, compra cerveja por R$ 200, experimenta, estuda e volta para a panela para produzir algo semelhante”, diz ele sobre uma independência que se expressa tanto do ponto de vista do acesso a estilos e qualidade de produto quanto no da experiência que a atividade proporciona – em contraponto à experiência com produtos de escala. “Assim, ele se envolve com sensações e histórias diferentes.”

A atuação da Acerva Paulista, assim como de suas “irmãs” país afora, concentra esforços justamente nesse segmento, visando a disseminação da zitologia e da cultura cervejeira, por meio de encontros, palestras, discussões e campeonatos. “O mercado cervejeiro acaba usufruindo da formação de bons profissionais que crescem entre a gente”, avalia.

A batalha das cervejarias
Quando o assunto é cervejaria, na opinião de Rosa, a ideia de independência não se limita à característica de não estar ligada a um grupo grande, mas exige também posturas e atitudes específicas. “As independentes se juntam a outras para formar algum tipo de união, seja na produção, de marketing ou de distribuição”, conta ele, sobre esse aspecto que considera essencial para a sobrevivência dos menores.

“Assim como as grandes, a industria artesanal também é processo, mas tem mais desenvolvimento de produto, tem mais liberdade para buscar novas alternativas e se posicionar de maneira diferente no mercado”, avalia o presidente da Acerva Paulista.

Mesmo no mercado de artesanais, Rosa enxerga um constante movimento de busca por independência – movimento esse que se altera conforme o mercado se desenvolve e busca por novos formatos e modelos de negócio.

“Boas marcas que trabalhavam em fábricas de terceiros estão migrando para seu próprio brewpub. Isso tira dele um custo, e ele consegue trabalhar com volume menor e mais variedade, mostrando e explorando suas capacidades. Aí cada um se posiciona como preferir”, conclui Rosa.

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