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Com aporte de R$ 500 mi, Paraná terá maltaria com foco em maltes especiais

Joint-venture formada por Agrária e Ireks é responsável pela indústria, que deverá começar a operar em 2026

O Paraná ganhará uma nova maltaria para a produção de maltes especiais, visando atender a indústria cervejeira. A Ireks do Brasil, uma joint-venture formada pela Cooperativa Agrária e pela alemã Ireks, anunciou que construirá uma maltaria em Guarapuava, com investimento de R$ 500 milhões e previsão de início das operações em 2026.

As obras de construção estão previstas para começar em 2024, com o empreendimento tendo sido incluído no programa de incentivos fiscais do governo do Paraná. A indústria será instalada ao lado de outra maltaria da Agrária, no distrito de Entre Rios, e tem a perspectiva de gerar 400 empregos diretos e indiretos.

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A nova maltaria terá como objetivo produzir maltes especiais, como caramelo, torrado e melanoidina, em larga escala. Atualmente, esses maltes precisam ser importados pela indústria cervejeira. Na fase inicial de operação da indústria, a projeção é de uma capacidade de produção de 64 mil toneladas anuais.

“A capacidade total projetada para essa fase inicial do projeto já é muito boa. Tendo em vista que, esse mercado hoje não existe ainda em sua totalidade no Brasil, mas vem crescendo muito. Esperamos que até o funcionamento pleno da operação consigamos aumentar ainda mais a nossa capacidade de produção. Temos previsto um aumento de produção de cevada de aproximadamente 75 mil toneladas”, diz Jorge Karl, presidente do conselho de administração da Ireks do Brasil.

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A iniciativa visa substituir a importação de maltes especiais pela produção nacional. “Além do tamanho do investimento e dos números de geração de empregos, com esse empreendimento deixaremos de importar mais de US$ 40 milhões em maltes especiais por ano”, afirma Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná.

A Ireks será responsável pela construção da maltaria, enquanto a operação, a produção e a industrialização da cevada, além da comercialização do malte, serão feitas pela Agrária. “Estamos agora tratando de todas as licenças e das cotações dos equipamentos e obras civis, com a previsão de iniciar a venda dos maltes especiais em 2026. A finalidade é substituir a importação desses produtos, que passarão a ser fabricados no Paraná, em Guarapuava”, afirma Adam Stemmer, presidente da Agrária.

Mais um investimento
O anúncio de uma nova maltaria em Guarapuava se soma a outro investimento recente no insumo, também com a participação da Agrária. Ela e outras cinco cooperativas estão à frente da Maltaria Campos Gerais, em Ponta Grossa (PR), com aporte de R$ 3 bilhões.

A expectativa é iniciar os testes de produção entre novembro e dezembro, com a operação começando em 2024 e a previsão de processamento de 240 mil toneladas de malte por ano.

Essas ações estão alinhadas com a importância da região no cultivo de cevada no país. Segundo os dados mais recentes do IBGE, o Paraná é o maior produtor de cevada do país, com 321.516 toneladas das 452.827 toneladas fabricadas em 2021. E Guarapuava se destaca como o maior produtor nacional, com uma participação de 21%, correspondendo a 95.931 toneladas.

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