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Pesquisa: 62% dos bares e restaurantes não atingiram nível de vendas pré-pandemia

Levantamento da ANR mostra que 55% dos bares, restaurantes, cafés e lanchonetes se declaram endividados

Uma pesquisa com 800 restaurantes, bares, cafés e lanchonetes de todos os estados brasileiros mostrou que 62% desses estabelecimentos ainda não recuperaram o nível de vendas em relação ao período pré-pandemia, na comparação do faturamento entre o mês de julho deste ano e o de 2019.

Dos participantes, 13% disseram já conseguir faturar nos mesmos níveis e outros 25% afirmaram que superaram a receita do mesmo período. Os dados são da recente pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB).

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Outro dado alarmante do estudo é que o nível de endividamento das empresas do setor segue alto no País. A pesquisa demonstra que 55% dos bares, restaurantes, cafés e lanchonetes se declaram endividados. Desse total, 78% devem para bancos, 57% estão com impostos em atraso, 24% têm dívidas com fornecedores e 14% afirmam possuir pendências trabalhistas.

Do total de endividados, 48% afirmaram que devem levar mais de dois anos para pagar seus débitos e 63% disseram que vão aderir a planos de parcelamento, como o Refis e outros anunciados pelos governos.

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De acordo com o diretor executivo da ANR, Fernando Blower, a pesquisa aponta, de maneira geral, o que ele considera ser o início de um processo de recuperação que, certamente, será longo e irá durar alguns anos. “Apesar da melhora no índice de endividamento, a grande maioria das empresas ainda sofre as consequências da pandemia e apenas agora, com o avanço da vacinação, a queda nos índices da Covid-19 e o retorno gradual dos clientes, começa a se reerguer.”

A pesquisa ainda trouxe dados sobre a expansão do delivery. Em média, a receita hoje com essa atividade representa 39% do total do faturamento das empresas – o número era de 24% antes da pandemia. O estudo quis saber ainda se as empresas manteriam o delivery com o retorno do funcionamento das lojas. E 85% afirmaram que vão seguir com esse tipo de operação.

Já diante de um cenário de crescimento da inflação ainda no início da recuperação do setor, 31% das empresas afirmaram que não lançaram produtos no cardápio.

Esse dado, ao mesmo tempo, mostra um desafio e uma grande oportunidade frente às grandes mudanças de comportamento do consumidor provocadas pela pandemia. A revisão e atualização do cardápio é uma estratégia chave para a perpetuação do negócio, para acompanhar os anseios do consumidor e manter a competitividade, principalmente dentro dos marketplaces de delivery

Simone Galante, CEO da Galunion e responsável pela pesquisa

A pesquisa, feita entre 12 de agosto e 8 de setembro, ouviu empresas que representam 22.907 lojas, das quais 67% estão localizadas nas ruas e outras 22% em shoppings e centros comerciais. É, segundo os organizadores, o maior estudo já feito até hoje no Brasil durante a pandemia envolvendo o setor de food service.

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