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Volta das atividades aos níveis pré-crise só se dará em 2021, prevê Sindbebi-RJ

Presidente do Sindibebi-RJ, Marcos Rumen reconhece erro de cálculo nas avaliações iniciais sobre a duração do período de isolamento social

O consumo de bebidas alcoólicas, fortemente retraído por causa da pandemia de Covid-19, terá sua retomada aos níveis registrados antes da crise apenas em 2021. Essa é a avaliação do presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Bebidas em Geral do Estado do Rio de Janeiro (Sindibebi-RJ), Marcus Vinícius Rumen.

Leia também: Produção de bebidas acelera em junho, mas se mantém baixa em 2020

Em entrevista ao Guia, ele explica que o entendimento do setor é de que somente a partir das festas de dezembro e do período de férias de verão a atividade da indústria de bebidas conseguirá voltar aos patamares anteriores.

“Níveis pré-crise e crescimento, estamos falando de a partir de 2021. Para 2020, os empresários do setor estão trabalhando para tentar manter as empresas em níveis saudáveis”, avalia o especialista.

Em sua análise, Rumen aponta um erro de cálculo nas primeiras previsões sobre a possível extensão da pandemia do coronavírus, feitas tanto pelo setor quanto por autoridades públicas. Ele reconhece que não se imaginava a atual extensão da crise sanitária.

“Quando entramos na pandemia, imaginamos a retomada em um período muito rápido. Ninguém imaginava que uma pandemia fosse durar mais do que dois ou três meses e já estamos indo para cinco meses e sabemos que, apesar de alguns estados estarem flexibilizando, essa quarentena ainda vai durar muito tempo”, aponta.

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Segundo Rumen, os níveis de vendas e consumo de bebidas alcoólicas já passaram por diferentes fases durante a pandemia. Atualmente, apesar do cenário ainda mostrar forte retração, houve alguma recuperação em relação aos primeiros meses da pandemia. Mas ele ressalta que o setor deixou de vender 40% do que poderia ter comercializado neste período de crise.

“A demanda atual é de consumo doméstico, mas ele teve uma característica muito interessante: ele explodiu em um primeiro momento, em que as pessoas sentiram a necessidade de estocar em casa. Só que isso não durou mais do que 30 dias, e a demanda para essa modalidade voltou a níveis normais. Estamos retomando devagar, à medida em que bares e restaurantes voltam às suas atividades”, avalia ele. “Já retomamos e alcançamos níveis relativamente satisfatórios para o período que estamos vivendo”.

Apesar da flexibilização paulatina das regras para o funcionamento de bares e restaurantes, os eventos sociais e culturais – ocasiões tradicionais de consumo – ainda estão fora do cotidiano da população brasileira, o que significa uma baixa considerável no potencial de consumo.

“A bebida está em todas as atividades sociais, como casamentos, churrascos, praia, formatura, diversos tipos de festas. Nesses casos, a restrição continua”, conclui o presidente da Sindibebi-RJ, destacando que esse cenário impede uma retomada plena do setor ainda em 2020.

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