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Trans critica falta de apoio da Bud Light após ataques: ‘Pior do que não contratar’

Dylan Mulvaney diz nunca foi procurada pela Bud Light desde a eclosão dos ataques

O caso de transfobia envolvendo Dylan Mulvaney e a Bud Light, após a marca se tornar alvo de um boicote nos Estados Unidos devido a uma ação com a influenciadora trans, ganhou um novo capítulo. Dessa vez, a marca da AB InBev foi criticada pela própria Dylan em função da falta de apoio recebido.

Dylan publicou um vídeo em seu perfil no TikTok e no Instagram intitulado “Pessoas trans também gostam de cerveja”. Nele, ela critica a Bud Light por tê-la abandonado diante dos ataques que sofreu após publicar um post patrocinado nas redes sociais, onde exibia uma lata personalizada da marca de cerveja com o seu rosto.

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Em sua publicação, Dylan ressalta a importância de as empresas apoiarem as pessoas trans mesmo quando elas são alvos de críticas. “Contratar uma pessoa trans e depois não apoiá-la publicamente é pior, na minha opinião, do que nem mesmo contratá-la, pois isso dá permissão aos clientes para serem transfóbicos e odiosos à vontade”, afirma, em um trecho do vídeo.

A influenciadora afirma que demorou para se pronunciar sobre o caso devido ao temor de sofrer novos ataques transfóbicos. Ela garante que nunca foi procurada pela Bud Light desde a eclosão dos ataques.

“Há meses, tenho medo de sair de casa. Fui ridicularizada em público, seguida e senti uma solidão que não desejo a ninguém”, diz. “Não estou contando isso para ser alvo de pena, estou compartilhando porque, se essa é minha experiência de uma perspectiva muito privilegiada, você deve saber que é muito, muito pior para outras pessoas trans”, acrescenta.

O caso de transfobia envolvendo Dylan teve início em abril, quando personalidades conservadoras dos Estados Unidos defenderam um boicote à Bud Light logo após a publicação de seu vídeo, no dia 1º daquele mês, com a latinha da marca.

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Após os ataques, a AB InBev, grupo cervejeiro responsável pela marca, buscou apenas se distanciar da polêmica, afirmando que a lata com a imagem de Dylan não seria lançada comercialmente. A empresa divulgou um comunicado oficial no qual não mencionava a influenciadora, afirmando que nunca teve a intenção de participar de uma discussão que divide as pessoas. Recentemente, indicou que iria apoiar os atacadistas que ficaram com um estoque encalhado de Bud Light.

“Deveria ser algo simples e não controverso trabalhar conosco, e eu sei que é possível, porque já trabalhei com algumas empresas incríveis que se importam. Mas cuidar da comunidade LGBTQ+ requer muito mais do que apenas fazer uma doação em algum lugar durante o Mês do Orgulho”, afirma Dylan.

A iniciativa transfóbica de boicote obteve sucesso, levando a marca a perder o posto de cerveja mais vendida nos Estados Unidos para a Modelo Especial. Isso se deve, em grande parte, a uma queda de 25% nas vendas da Bud Light nas quatro semanas encerradas em 3 de junho, em comparação com o mesmo período de 2022.

O cenário negativo para a Bud Light tem se mantido. A Modelo Especial foi a marca de cerveja mais vendida nas quatro semanas encerradas em 1º de julho, com uma participação de mercado de 8,7% no varejo durante esse período, enquanto a Bud Light ficou em segundo lugar, com uma participação de mercado de 7%, de acordo com a consultoria Bump Williams, que obtém dados da NielsenIQ.

Veja o pronunciamento de Dylan Mulvaney direcionado à Bud Light:

@dylanmulvaney

Trans people like beer too. 🏳️‍⚧️🍻

♬ original sound – Dylan Mulvaney

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