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Heineken tem queda no lucro e fará cortes, mas mantém crescimento no Brasil

Aumento de 13% no volume de vendas da Heineken no Brasil tornou o país um dos destaques do balanço financeiro da companhia

Em um sinal claro de que ainda sofre com os efeitos da crise do coronavírus, a Heineken comunicou em seu balanço mundial que o lucro líquido nos nove primeiros meses de 2020 foi de 396 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,645 bilhões), uma redução de 76% no comparativo ao mesmo período de 2019.

O balanço da Heineken também apontou que o volume consolidado de cerveja teve um declínio orgânico anual de 1,9% no terceiro trimestre, ainda assim inferior ao que previam os analistas – a aposta era de uma queda de 5,9%.

Leia também – Ambev aumenta venda de cerveja em 25% no 3º tri; Leia 5 análises do balanço

Isso se deu porque o resultado de todas as regiões foi melhor do que o esperado, com exceção da Ásia. Nas Américas, por exemplo, o volume de cervejas vendidas cresceu 2,5%, com uma expansão de aproximadamente 13% no Brasil.

“A atualização do terceiro trimestre da Heineken destaca a resiliência da categoria cerveja ao operar com o fechamento de canais de comércio ou sua limitação obrigatória. O posicionamento competitivo da Heineken está melhorando nos principais mercados emergentes, como o Brasil, o Vietnã e a Nigéria, sendo apoiados por ganhos de participação na Europa”, afirma análise do Credit Suisse.

Ao apresentar o relatório financeiro, a cervejaria revelou o plano de reduzir custos com pessoal em cerca de 20%, o que começará a ser implementado no primeiro trimestre de 2021. Esta iniciativa foi vista pelo Credit Suisse como uma mudança cultural a respeito da abordagem sobre os custos.

“O reconhecimento da administração da Heineken da necessidade de intensificar foco em custos vem sendo rapidamente seguido por ação – o corte de 20% nos custos com pessoal entre os escritórios centrais e regionais é amplamente simbólico, mas sinaliza o início de uma mudança de cultura sobre como a empresa gerencia a base de custos, e as portas foram deixadas em aberto para um dimensionamento correto mais significativo nas operações locais”, acrescenta o material de análise do banco de investimentos, divulgado após a publicação do balanço da Heineken.

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“Observamos que o gasto operacional da Heineken em vendas de 29% é o mais alto entre seus pares da indústria de bebidas. As empresas que reduziram os custos corretamente nos últimos anos (Diageo, Pernod, Carlsberg) conseguiram gerenciar melhor a alavancagem operacional e o reinvestimento, o que seria um acréscimo à história de ações da Heineken”, complementa o Credit Suisse.

Apesar de o resultado apresentado no balanço ter sido melhor do que o esperado, a Heineken se preocupa com a segunda onda de contaminação pelo coronavírus e seus efeitos sobre a companhia, com a adoção de novas restrições, incluindo o fechamento de bares e restaurantes em países da Europa e da Ásia.

Lucro menor da Ab InBev
Já a Anheuser-Busch InBev (AB InBev) teve lucro líquido de US$ 1,04 bilhão (R$ 5,97 bilhões) no terceiro trimestre de 2020, 36% a menos do que no mesmo período do ano passado, quando havia sido de cerca de US$ 3 bilhões (R$ 17,2 bilhões).

A receita da controladora da Ambev no Brasil foi de US$ 12,82 bilhões (R$ 73,63 bilhões) nos meses de julho a setembro deste ano, queda de 2,66% em relação aos US$ 13,17 bilhões (R$ 75,64 bilhões) do mesmo intervalo de 2019. Já o Ebitda ajustado alcançou os US$ 4,89 bilhões (R$ 28,08 bilhões). E o Brasil foi destaque no relatório, com crescimento de 25% no volume de vendas de cerveja no terceiro trimestre.

A queda no lucro se contrapondo ao aumento das vendas se deu pelo crescimento dos custos, um dos efeitos da pandemia do coronavírus, com a redução do consumo de bebidas em bares e restaurantes. Afinal, a produção e o envio de mais embalagens, latas e garrafas descartáveis tornam mais cara a operação do que a realizada para a venda fora do domicílio, concentrada em barris e garrafas de vidro, em sua maior parte reutilizáveis.

E as ações?
Na Europa, a ação da AB InBev fechou outubro cotada a 44,56 euros. Como havia terminado setembro valendo 46,23 euros, a queda foi de 3,61% no mês.

Já o preço do papel da Heineken apresentou variação inexpressiva. Ele começou o mês custando 75,88 euros e encerrou outubro com o valor de 76,20 euros. A valorização, portanto, foi de 0,42% no décimo mês de 2020.

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