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10 práticas para a indústria cervejeira conter a propagação da Covid-19

Para gerente da Firjan, empresas que adotarem procedimentos mais rígidos de segurança alimentar terão vantagem competitiva

A segurança alimentar e as medidas sanitárias sempre foram foco na produção cervejeira, mas a crise do coronavírus tem contribuído para reforçar cuidados e iniciativas. Para evitar a propagação da doença e tornar possível a continuidade da realização da atividade industrial, foi preciso rever ações e comportamentos, adotando novas práticas.

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Por estar inserida nas atividades consideradas essenciais pelo governo federal, a indústria alimentar e de bebidas prosseguiu operando desde o início da pandemia. Ainda assim, parte relevante do segmento optou por paralisar a produção, o que deixou a implementação das medidas necessárias para conter a doença ocorrendo em ritmo e modo diferentes, de acordo com a decisão dos seus gestores sobre o funcionamento.

Na avaliação de José Luiz Barros, gerente institucional de Saúde e Segurança do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), quem seguiu operando durante a pandemia precisou se adaptar rapidamente, mas também implementou medidas de modo menos abrupto. E deve servir como exemplo para outras companhias do setor, que precisam agora realizar mudanças mais radicais.  

“Entendo que as empresas que não pararam suas atividades tiveram maior facilidade, ajustaram seus processos de forma mais prática, fazendo os ajustes conforme as dificuldades se apresentavam. Muitas das ações, hoje entendidas como acertadas e que constam em vários documentos de boas práticas, são frutos destas experiências adotadas pelas empresas que não pararam”, relata o especialista da Firjan.

Além de colocar em prática as medidas protetivas, outro passo importante para minimizar a propagação do coronavírus envolve a conscientização dos funcionários. Afinal, as orientações sanitárias também devem ser seguidas fora do ambiente de trabalho, como destaca José Luiz.

“Reforçar o processo de conscientização da importância da participação de todos que fazem parte dos enfrentamentos da pandemia e que todas as recomendações de distanciamento, uso de máscaras e boa prática de higiene e conduta valem tanto dentro quanto fora da empresa”, analisa ele.

Após ganhar atenção com o surgimento da pandemia, a segurança alimentar e sanitária certamente seguirá como foco das indústrias, não apenas pela implementação de medidas que garantam a sua execução, mas também por ser vista como uma vantagem competitiva para o período pós-crise. Especialistas avaliam, afinal, que as escolhas do consumidor serão influenciadas pelas demandas advindas do surto do coronavírus.

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“Realmente a segurança alimentar é um fator diferenciador de mercado e acreditamos, devido à pandemia, que as pessoas estarão mais criteriosas e exigentes. Assim, empresas que adotarem procedimentos mais rígidos de segurança alimentar, bem como segurança dos seus empregados, terão um forte diferencial de mercado”, acrescenta o especialista.

A pedido do Guia, José Luiz Barros, que elaborou o Guia de Orientações para a Retomada das Atividades Industriais da Firjan, preparou uma lista de medidas e práticas a serem implementadas dentro das fábricas cervejeiras a partir do contexto da crise do coronavírus. Confira.

1 – Medidas de caráter geral ao setor de alimentos e bebidas
Elaboração e divulgação de protocolos de orientações genéricas referentes à triagem e acesso, protocolos de distanciamento e uso adequado de máscaras e orientações referentes a casos identificados.

2 – Práticas referentes ao vestiário
Cuidados de não aglomeração, uso do espaço respeitando o distanciamento e utilização de sanitizantes na entrada e saída dos espaços.   

3 – Práticas de boa higiene e conduta
Boas práticas dos trabalhadores, respeitando as orientações de boa higiene e conduta. Entre outras, são elas: higiene frequente das mãos, comunicação de sintomas, não tocar nariz, boca e olhos, não compartilhamento de objetos pessoais.

4 – Práticas quanto às refeições
Reorganização do layout para o respeito do distanciamento entre mesas, orientações sobre as restrições de self-service, proibição de compartilhamento de utensílios e escalonamento de horário do almoço para evitar aglomeração.

5 – Práticas referentes ao SESMT e à CIPA
Manutenção das comissões e suspensão de processos eleitorais, reuniões presencias e treinamentos durante o período de estado de calamidade e divulgação de plano de ação do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).

6 – Trabalhadores pertencentes a grupo de risco
Cuidados que as empresas precisarão ter para este grupo de risco. Dentre outros, manutenção em teletrabalho ou em posto isolado, caso não consiga a opção do teletrabalho.

7 – Práticas referentes às máscaras
Obrigatoriedade e procedimento de uso adequado de máscara.

8 – Práticas referentes ao transporte de trabalhadores
Cuidados de segurança no uso de transporte fornecido pela empresa, para evitar contaminação dos trabalhadores.

9 – Procedimentos de contingência
Procedimentos de atuação, em caso de identificação ou confirmação da contaminação de um trabalhador que tenha transitado ou não nas dependências da empresa.

10 – Retomada das atividades de setores ou do estabelecimento
Procedimentos de desinfecção, orientações e medidas preventivas a serem tomadas antes da retomada das atividades.

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