fbpx
breaking news New

Em mês de recuo disseminado da indústria, produção de bebidas alcoólicas cai 12,1%

Agosto foi o terceiro mês consecutivo em que a fabricação de bebidas alcoólicas apresentou recuo

A produção de bebidas alcoólicas no Brasil segue em tendência de queda. Pelo terceiro mês consecutivo, a fabricação caiu ao reduzir 12,1% em agosto, na comparação ao mesmo período de 2020. O dado está presente na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, e se insere em um contexto de freio da produção industrial nacional, que diminuiu 0,7% frente a julho com ajuste sazonal. Esse também é o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 2,3% nesse período.

Apesar disso, a fabricação de bebidas alcoólicas ainda apresenta crescimento em 2021, com um salto de 4,4%. E, nos últimos 12 meses, o saldo continua sendo positivo, agora em 5,4%, segundo o IBGE. Vale ressaltar, porém, que tais números são comparativos a 2020, ano em que a produção do setor praticamente se inviabilizou por alguns meses devido ao início da pandemia da Covid-19 e das essenciais medidas de restrição.

Leia também – Ação da Ambev cai 10,6% no mês, mas analistas aprovam alta do preço das cervejas

A produção nacional de bebidas, por sua vez, até acelerou 7,6% em agosto quando comparado a julho, mas retraiu 6,4% em relação ao mesmo mês de 2020. Apesar da queda, o indicador acumulado de 2021 tem um salto de 5,8%. E, com esse resultado, o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 7,1%.

Já a produção de bebidas não-alcoólicas apresentou um modesto crescimento em agosto. O salto foi de 0,6% em relação ao oitavo mês do ano passado. O desempenho no período fez o segmento acumular alta de 7,5% de 2021. E, no somatório dos últimos 12 meses, o indicador ficou em 9%.

Recuo disseminado
Se ainda é possível enxergar alguns cenários positivos para a fabricação de bebidas no Brasil, o momento da atividade industrial é pior. Em relação a agosto de 2020, houve queda de 0,7%, interrompendo os 11 meses de taxas positivas consecutivas na comparação anualizada. Em 2021, a indústria acumula alta de 9,2% e, em 12 meses, de 7,2%, intensificando o crescimento de julho (7,0%) e mantendo trajetória ascendente desde agosto de 2020, mas com uma base de comparação frágil.

O momento complicado está inserido, assim, em uma tendência de recuo disseminado da atividade industrial, confirmada pela queda de três das quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.

“Há um desarranjo da cadeia produtiva, que faz com que haja encarecimento dos custos de produção e desabastecimento de matérias-primas para produção do bem final. Isso vem trazendo, pelo lado da oferta, maior dificuldade para o avanço do setor”, analisa André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

Segundo o IBGE, as principais influências negativas em agosto vieram de produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%). Outras contribuições foram produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), de bebidas (-6,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%), de outros produtos químicos (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%), de produtos do fumo (-23,3%), de móveis (-12,9%) e de produtos de metal (-3,4%).

Há um contingente importante de trabalhadores fora do mercado de trabalho e os postos que são gerados têm salários menores, ou seja, há uma precarização das condições de emprego. Também há retração da massa de rendimento e uma renda disponível menor para as famílias, por conta da inflação mais alta. Esses fatores afetam as condições de compra por parte das famílias”, conclui o especialista do IBGE.

0 Comentário

    Deixe um comentário

    Login

    Welcome! Login in to your account

    Remember me Lost your password?

    Lost Password