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Caso Backer: Morre nona vítima por consumo de cervejas contaminadas

José Osvaldo Faria, de 66 anos, estava internado desde fevereiro em um hospital de Belo Horizonte

O consumo de cervejas contaminadas da marca Backer resultou em uma nona morte por intoxicação. José Osvaldo de Faria, de 66 anos, faleceu na última quarta-feira, após passar mais de 500 dias internado no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte.

Faria havia ingerido cervejas da Backer em fevereiro. Ele apresentou sintomas associados à síndrome nefroneural, como dores, paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, paralisia motora, entre outros. Então, foi internado no hospital, tendo permanecido em tratamento no local.

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“Está cego, não mexe as pernas, não fala, perdeu os rins, faz diálise todos os dias. Ele está em um estado deplorável”, afirmara a empresária Eliana Reis Faria, esposa de José Osvaldo, em vídeo divulgado dias antes da morte do seu marido pelo consumo de cerveja contaminada da Backer.

O vídeo de Eliana era uma crítica à decisão do desembargador Luciano Pinto, que, um dia antes de se aposentar, em caráter liminar, decretou a redução do bloqueio dos bens dos donos do grupo da cervejaria de R$ 50 milhões para R$ 5 milhões.

No inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais, concluído em junho, os três sócios da empresa foram acusados por estocar, vender e não dar publicidade a um produto contaminado, enquanto seis responsáveis técnicos e o chefe de manutenção da Backer foram denunciados por homicídio culposo, lesão corporal culposa e contaminação de produto alimentício culposa.

A investigação apontou que diversos lotes de diferentes marcas de cerveja produzidas pela Backer foram contaminadas por monoetilenoglicol e o dietilenoglicol, substâncias tóxicas utilizadas em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes. Os peritos encontraram vazamentos em equipamentos por onde as substâncias entraram em contato com a cerveja, nos tanques de fermentação.

Além do vazamento principal, outros pequenos pontos foram descobertos na bomba do chiller usado para resfriar o mosto. Segundo a polícia, a contaminação começou a acontecer em setembro de 2019, mesmo mês em que o tanque foi comprado pela Backer e instalado na fábrica.

Inicialmente, ao concluir o inquérito, a Polícia Civil contabilizou 29 vítimas intoxicadas pelas substâncias encontradas na bebida, com sete mortes – uma oitava estava em investigação, sendo posteriormente confirmada. Agora, então, chegou a nove o número de óbitos provocados pelo consumo de rótulos contaminados da fabricante mineira.

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