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Como será o profissional do futuro nas cervejarias? Veja opiniões

Conhecimento de dados e habilidades comportamentais são características que a indústria vai exigir de seus funcionários

Em uma indústria em constante evolução, estimulada pelo avanço tecnológico e por exigências de práticas mais sustentáveis, as cervejarias cada vez mais vão exigir que seus profissionais tenham conhecimento sobre dados, fundamentais para tomadas de decisões, assim como possuam qualidades que vão além de aspectos técnicos: as habilidades comportamentais.

As reflexões sobre como deverá ser o profissional do futuro para as cervejarias foram apresentadas durante a mesa redonda que fechou, nesta terça-feira (20), o segundo dia da programação do Congresso Técnico Internacional da Agrária Malte, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR).

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Diante do cenário atual, no qual o uso de dados e algoritmos influencia as decisões, é necessário que os profissionais do setor cervejeiro sejam flexíveis, estejam abertos a aprender e a se atualizar constantemente. Afinal, a rápida evolução tecnológica tem impactado diferentes setores da sociedade, e a indústria cervejeira não é exceção.

“Todos estão coletando dados para ler tendências e formular algoritmos para predizer o que ocorrerá, tornando os processos mais controlados. Assim, a noção sobre tratamento de dados será exigência para contribuir nas tomadas de decisão”, diz José Ivan Vieira de Lima, gerente de tecnologia e desenvolvimento de cerveja do Grupo Heineken.

Com o acesso a uma quantidade cada vez maior de dados, o processo de decisão será cada vez mais pautado por algoritmos e análises mais sofisticadas, proporcionando uma visão mais precisa e controlada do negócio cervejeiro.

“As tomadas de decisões serão diferentes, com mais dados e menos dependência do homem nas escolhas”, prevê Lígia Marcondes, química e professora na Universidade de Vassouras.

Assim, os profissionais do ramo precisam ampliar seus horizontes e adquirir conhecimentos diversos, abrangendo áreas além do processo produtivo, respondendo à diversificação de habilidades que passou a ser uma necessidade imposta pelo mercado.

“Hoje é preciso agregar temas críticos, como as questões de sustentabilidade. O profissional precisa ser mais eclético, conhecer coisas fora do processo de fabricação de cerveja, por necessidade”, avalia José Antunes, coordenador do curso técnico em cervejaria do Colégio Imperatriz, apoiado pela Agrária.

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Atemporal e novo
Os especialistas também apontam ser necessário ter capacidade para se adaptar às mudanças e aproveitar o conhecimento dos mais experientes como um diferencial valioso para quem pretende atuar na indústria cervejeira. “O profissional atemporal é o disposto a aprender, a escutar os outros, pois não sabemos tudo, seja numa grande ou numa pequena cervejaria”, comenta Lígia.

O equilíbrio entre inovação e conhecimento consolidado também pode ser fundamental para impulsionar o setor cervejeiro. “Novas habilidades ajudam a acelerar o desenvolvimento do profissional e passam por conseguir se conectar com pessoas experientes. O novo não pode negligenciar o conhecimento técnico de quem está lá dentro”, analisa o gerente de tecnologia e desenvolvimento de cerveja do Grupo Heineken.

Há, ainda, a avaliação de que a troca de conhecimentos contribui para um clima organizacional mais favorável e estimulante. “O profissional precisa fazer de tudo um pouco. Além disso, é fundamental trocar ideias entre as partes. Esse compartilhamento deixa o clima melhor”, diz Fernando Baccaro, mestre-cervejeiro na NewAge Bebidas.

E, com tantas mudanças e exigências, a formação a partir da experiência prática se torna fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento das competências profissionais. “A prática é indispensável, se errando na escola. A partir disso, você vai saber, na fábrica, resolver os problemas”, conclui Lígia, professora da Universidade de Vassouras

Outras temáticas
No segundo dia do evento, a Lallemand aproveitou para exibir novidades sobre leveduras para os participantes, com a apresentação de soluções práticas para os cervejeiros, com Sylvie Van Zandycke, e para quem deseja fabricar a opção sem álcool ou com baixo teor alcoólico, com Mariano Tissone. As cervejas sem álcool também foram abordadas por Pérsio Volpini, da Prozyn, assim como as low carb.

O congresso também contou com abordagens avançadas sobre o processo produtivo e cuidados nas diferentes etapas, sobre diacetil. Ainda se falou sobre tecnologia para recuperação de CO2, otimização de ésteres frutados, DMS e boas práticas de fabricação e sanitização, assim como sobre o uso de maltes base.

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