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Eficiência, inovação e foco nos clientes: especialistas discutem futuro dos bares

Em uma das apresentações, analista do Sebrae revelou que empresários do segmento estão operando com 50% de queda no faturamento

A 32ª edição do Congresso Nacional Abrasel ocorreu em um cenário inédito. Afinal, além de ter sido realizado online, o encontro se deu durante uma pandemia que chegou a paralisar por completo as atividades do segmento e que trará mudanças significativas para a operação de bares e restaurantes.

Realizado na semana passada e encerrado na última sexta-feira, o encontro teve “retomada, o futuro da alimentação fora do lar” como tema. E, entre painéis, palestras e programação técnica, os participantes destacaram a necessidade da eficiência e da inovação para o êxito dos empreendimentos nesse novo contexto, com atenção especial aos clientes.

Leia também – CEO da Ambev avalia futuro dos bares e prevê delivery fortalecido no pós-crise

Analista técnico do Sebrae, Giovanni Beviláqua apontou um panorama preocupante do mercado, com queda abrupta das receitas nos últimos meses. Mas também destacou que bares e restaurantes têm iniciado uma recuperação nessa fase de retomada. Por isso, o momento já seria de início do planejamento do futuro, mesmo que ainda permaneçam algumas incertezas.

“Empresários estão operando com 50% de queda no faturamento, em média. Uma queda ainda muito acentuada, mas já foi pior, há uma recuperação. E também existe um esforço para mitigar os efeitos e ajudar as empresas a sobreviver durante a crise”, avaliou o analista do Sebrae.

Em uma das apresentações do congresso da Abrasel, o CEO da Infinite, Daniel Borges, também abordou as instabilidades econômicas. Ele destacou que a crise do coronavírus trouxe três incertezas aos empreendedores: a respeito da sobrevivência do estabelecimento, da sua capacidade e do relacionamento, algo visto por ele como fundamental para o sucesso de qualquer bar ou restaurante.

Assim, em sua visão, a pandemia apenas reforçou como o cuidado e a forma de lidar com o cliente são fundamentais para o sucesso de qualquer operação. “É preciso destrinchar os clientes em públicos diferentes”, alertou o CEO da Infinite, para depois acrescentar.

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“No meio digital é fácil identificar quem faz aniversário na semana que vem, quem noivou, quem mudou de casa. Para cada uma dessas pessoas, pode ser gerado um tipo de valor, de benefício, de experiência. O importante é enxergar quem é o cliente e traçar ações simples de serem entendidas, de curto prazo, de impacto e de aprendizado rápido. Ao mesmo tempo que você deve pensar movimentos de branding (de marcas), deve pensar movimentos de performance (de venda)”, afirmou Daniel.

Novas estratégias
Essa atenção ao público também foi foco da fala do CEO do Grupo Trigo, Tom Leite. Para ele, a crise demonstrou a necessidade de as empresas conseguirem redesenhar estratégias rapidamente para seguirem atendendo seus clientes. E isso deve passar pela análise de dados do consumidor.

“A necessidade comer – dentro e fora de casa – seguirá; a maneira como essa necessidade será atendida foi profundamente impactada. Precisamos estar mais centrados no cliente, entender o que ele precisa, como ele vai se relacionar com o negócio. É esse cliente que define como a transação vai acontecer”, apontou Tom.

Sobre informações e dados, Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion, avaliou que “saber como o consumidor está se comportando é um dos maiores desafios do setor de alimentação fora do lar”.

De acordo com uma pesquisa da própria Galunion, desde março higiene e limpeza são os critérios mais importantes na escolha de bares e restaurantes. E o trabalho apresentado por Simone também revelou uma informação preocupante surgida durante a pandemia: 82% das pessoas ouvidas pelo estudo tiveram problemas ao fazer pedidos no delivery.

Já a CEO da Consultoria Falconi, Viviane Martins, apontou que a gestão é o pilar que tem sido menos alvo da atenção dos empreendedores, mais atentos à operação, às finanças e aos clientes. Ela alertou para os riscos envolvidos nisso, pois metas e controle dos resultados são fundamentais para que se tenha ciência da situação do seu estabelecimento, especialmente em um momento de mudanças profundas no setor.

“Ter metas é indispensável, mesmo neste momento. A grande maioria está tendo de experimentar novos produtos, novos tipos de serviço, estão mudando o negócio. Medir é fundamental, e ter metas ajustadas também”, reforçou Viviane durante sua participação no congresso da Abrasel.

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