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StartUp Brewing perde equipamento e pausa parte da operação após incêndio

Fogo consumiu uma torre de resfriamento da estrutura da planta industrial da cervejaria na cidade de Itupeva (SP)

A StartUp Brewing precisou interromper parte da operação da sua cervejaria em Itupeva (SP) após uma área da estrutura do local ser atingida por um incêndio iniciado em uma indústria química vizinha, na última quarta-feira (6). As atividades só devem ser totalmente normalizadas na próxima semana.

O incidente afetou uma parte pequena da fábrica, mas a plataforma de tecnologia teve consumida pelo fogo uma torre de resfriamento, que é um dos equipamentos utilizados no processo de brassagem das cervejas, de acordo com as informações repassadas ao Guia por André Franken, um dos fundadores e sócios-proprietários da StartUp Brewing.

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“Apesar de o incêndio ter começado no vizinho, o local fica bem encostado na fábrica. Ocorreu em uma área de trânsito de materiais e não tinha nada ali naquele momento, quando já era noite. Na parte do lado de fora que foi atingida, porém, a gente tem algumas tubulações, onde passam vapor de água de refrigeração e de água das cervejas. As tubulações são de inox e por isso não queimam, mas a gente agora precisa tirar essas tubulações atingidas pela fumaça para limpá-las”, relata Franken.

O sócio da StartUP Brewing explica que a destruição de uma torre de resfriamento durante o incêndio forçará adaptações na cervejaria até a sua substituição. E aponta que o maior inconveniente será o aumento do consumo de água pela unidade industrial.

“Embaixo desta parte das tubulações tem uma torre de resfriamento que serve para resfriar o mosto que vai para os tanques de fermentação. E vai demorar um pouco, cerca de um a dois meses, até que o seguro aprove a compra de um novo equipamento”, diz o sócio-proprietário, que é diretor de tecnologia da informação e cofundador da marca junto com André Kunrath, diretor de operações da empresa e mestre-cervejeiro.

“Enquanto isso, estamos fazendo uma manobra para usar água da Sabesp no processo de brassagem. Já temos essa água disponível, mas, com a torre de resfriamento, reaproveitávamos a água usada, que agora vai ser jogada no ralo. Em termos de impacto financeiro, vai ter um custo alto de água para a gente”, completa.

Franken destaca que essa torre de resfriamento destruída pelo incêndio custa em torno de R$ 150 mil. Ainda assim, o empresário prevê que a fábrica estará adaptada até o fim da próxima semana para retomar a sua capacidade de produção de maneira normal mesmo enquanto não puder contar com o equipamento a ser substituído.

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“No momento, a fábrica está parada, mas conseguimos fazer cerveja e temos os nossos tanques de fermentação funcionando perfeitamente. O que parou foi a brassagem”, esclarece Franken.

Ele revela, porém, que a fabricação de parte da cerveja de um dos seus clientes foi perdida e a produção prevista de uma outra marca teve de ser adiada pelo incêndio.

“A gente tinha uma cerveja que estava sendo feita no momento no qual o incidente aconteceu. Então, ela foi jogada fora. E a gente teve impacto no que iríamos produzir. A Juan Caloto, por exemplo, também iria produzir agora, mas não pôde por causa deste incêndio”, revela o sócio-proprietário.

O incêndio
O incêndio da última quarta-feira começou quando um tanque da indústria química vizinha, que continha material inflamável e capacidade de cerca de 15 mil litros, entrou em combustão, depois atingindo a StartUP Brewing. Por meio de uma nota oficial, a cervejaria afirmou que dois funcionários da empresa vizinha foram atingidos, tendo “ferimentos leves”.

O Hospital Municipal de Itupeva confirmou que um dos feridos, de 19 anos, teve queimaduras de primeiro grau nas pernas e nos braços, chegando a ficar internado. A Polícia Civil da cidade está conduzindo as investigações deste caso.

Fábrica vinha usando menos da metade da capacidade
Inaugurada em 2018 em Itupeva, a fábrica da StartUp Brewing ganhou destaque no setor ao surgir como alternativa para cervejarias ciganas, que têm seu produto fabricado por meio do uso da sua estrutura.  

Com 6 mil metros quadrados distribuídos em dois galpões, nos quais há áreas para produção, envase e armazenagem, a empresa começou as suas atividades com expectativa de produzir 500 mil litros de cerveja por mês. Porém, com a crise financeira, provocada principalmente pela pandemia, fabrica, atualmente, menos da metade desta quantidade.

“A fábrica foi construída para uma capacidade de produção de meio milhão de litros por mês, mas, para atingir essa capacidade, a gente precisaria de mais turnos de trabalho e mais tanques na adega. Hoje temos 44 tanques, de 2 mil, 4 mil e 8 mil litros”, justifica Franken, que atende cerca de 20 clientes.

Ele reconhece os prejuízos sofridos durante a atual crise sanitária. “O impacto foi bem pesado. Como éramos novos no mercado, quase não vendíamos para supermercado nos primeiros meses da pandemia. E quando tivemos de fechar tudo, parar toda a operação da fábrica, o nosso faturamento foi a zero”, completa o empresário, agora tendo de lidar com os efeitos do incêndio em Itupeva.

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