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Acordo entre cervejaria e governo ‘salva’ 400 milhões de garrafas na África do Sul

Com armazéns cheios, SAB correu o risco de ter de descartar 130 milhões de litros de cerveja na África do Sul

O mercado cervejeiro da África do Sul viveu dias de tensão na última semana. A maior fabricante do país, a South African Breweries (SAB), ficou muito perto de se ver obrigada a descartar 400 milhões de garrafas. Mas um acordo com o governo local evitou essa possibilidade.

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O país está sob quarentena desde 27 de março, e as regras para a contenção da pandemia de coronavírus na África do Sul são ditadas por um sistema de classificação do risco em cinco níveis. No quarto, a atual faixa do “lockdown”, a venda e a distribuição de bebidas alcoólicas estão proibidas.

Com isso, as cervejarias não podem sequer transportar seus produtos por estradas do país. No mês passado, inclusive, motoristas de caminhões da companhia foram autuados e multados por levarem cargas da bebida.

Como a SAB, uma subsidiária do grupo multinacional AB InBev, não podia vender ou transportar sua produção para outros locais, os armazéns contíguos às sete fábricas da empresa ficaram lotados e sem condições ideais de estocagem.

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Com isso, a companhia anunciou que, se não pudesse levar parte de seu estoque para locais com melhores condições, seria obrigada a descartar 130 milhões de litros de cerveja, o que acarretaria em um prejuízo de 150 milhões de rands (equivalente a R$ 47,2 milhões). Para o governo, por sua vez, poderia provocar uma perda de 500 milhões de rands (R$ 157 milhões) em arrecadação de impostos.

O impasse se resolveu na última terça-feira, quando uma autorização especial concedida pelo governo federal permitiu o transporte de garrafas de rótulos renomados, como a Castle e a Carling Black Label, saindo das cervejarias para os armazéns da SAB.

“A SAB gostaria de expressar sua gratidão ao governo. Essa medida durante tempos tão difíceis é uma clara indicação de que nós devemos colaborar em soluções que vão ajudar a proteger a subsistência de mais de 250 mil sul-africanos que fazem parte da cadeia de valor da SAB”, afirma nota da cervejaria.

No entanto, apesar do tom cordial do comunicado, a empresa tem criticado com veemência as políticas proibitivas adotadas pelo governo da África do Sul durante a pandemia do coronavírus.

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