#LiberaBrejaSP: Clubes se unem por volta da cerveja aos estádios paulistas

Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos do mesmo lado do campo. O fato é raro, mas aconteceu nesta semana. Os quatro grandes clubes paulistas uniram forças na campanha #LiberaBrejaSP, ação que pede ao governador de São Paulo, João Doria, para sancionar o projeto de lei que libera a venda e consumo de cerveja em jogos disputados nos estádios do Estado.
Na última terça-feira, Andrés Sanchez, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, José Carlos Peres e Maurício Galliotte, presidentes de Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras, respectivamente, se reuniram para tratar de assuntos de interesse comum, entre eles a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, algo que também é defendido pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
A primeira ação pública para pressionar Doria a sancionar o projeto de lei aprovado pelos membros da Assembleia Legislativa de São Paulo veio nesta sexta-feira, através das redes sociais, com publicações coordenadas e com a adoção da hashtag #LiberaBrejaSP.
A publicação do material de modo conjunto se deu quase ao mesmo tempo e com texto que dizia: “Estádio de futebol é o único local onde é proibido beber cerveja em São Paulo. A Assembleia Legislativa já liberou, agora está nas mãos do Governador para sancionar. É hora de mudar isso.”
Esse material foi publicado por Santos, São Paulo, Corinthians e FPF, com o Palmeiras optando por uma mensagem diferente e mais curta: “A Assembleia Legislativa de SP já aprovou, agora só falta sancionar”, escreveu.
A venda de cervejas nos estádios paulistas está proibida há 23 anos, mas um projeto de lei do deputado estadual Itamar Borges (PMDB) liberando a sua comercialização foi aprovado em 14 de junho pela Assembleia. Porém, Doria indicou, em declaração, que vetará o projeto sob a alegação de que seria inconstitucional.
Juristas consultados pelo Guia indicaram que o projeto tem constitucionalidade, enquanto o seu autor diz ter esperanças em convencer Doria a sancionar a lei a partir da apresentação de pareceres técnicos. A ação dos clubes paulistas e da FPF é, portanto, mais uma tentativa de sensibilizar o governador a mudar o seu posicionamento.
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