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Alforria reforça luta antirracista em seus rótulos e busca disseminar sabores

Em suas cervejas, marca de Vitória da Conquista presta reverência a personagens importantes, como Dandara e Jesse Owens

Uma cerveja pode ir muito além do ato de fruição pelo consumidor. Entendendo que a bebida oferece a possibilidade de propagação do conhecimento antirracista através das informações estampadas em seus rótulos, ao mesmo tempo em que promove a democratização de sabores, a cerveja Alforria tem apostado na variedade de estilos e nas homenagens a grandes personalidades negras para dialogar com todos os públicos.

De Vitória da Conquista (BA), a Alforria surgiu em 2019, mas é uma ideia bem mais antiga de Maurício Reina, seu fundador. E a realização de um sonho bem conhecido dentro do setor. Do desejo de produzir uma cerveja com a sua cara, ele fez cursos sobre produção cervejeira e passou a apresentar suas criações caseiras aos amigos. Deu tão certo que Reina acabou por criar a sua própria marca.

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Desde então, a Alforria tem sido uma marca que aposta na diversidade de estilos. Reina contabiliza mais de uma dúzia de estilos de cerveja no portfólio da marca, como APA, American IPA, American Wheat, American Porter, Vienna Lager e Russian Imperial Stout.

Nessa ampla gama de estilos, a Alforria foi, também, encontrando a possibilidade de prestar sua reverência a personagens importantes, como Zumbi dos Palmares e Dandara, figuras emblemáticas da resistência negra no período colonial, assim como Tia Ciata, e grandes nomes de fora do Brasil, casos de Jesse Owens, Angela Davis e Nelson Mandela.

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A ideia, assim, é reforçar a importância da luta contra o racismo e a escravidão, também permitindo que os consumidores das cervejas da Alforria conheçam mais sobre esses personagens e suas lutas através dos rótulos.

“Buscamos contar a verdadeira história, que muitos não conhecem e ficam surpresos ao ler tais informações nos rótulos. Essa foi a maneira encontrada de valorizar a luta dessas pessoas que nos antecederam e manter sempre ativa a luta contra o racismo”, diz o fundador da Alforria.

A variedade de estilos ofertada pela Alforria também concede a possibilidade de o público ter acesso a cervejas que nem sempre são tão conhecidas do consumidor. “Eu sempre sonhei e desejei que a minha cerveja fosse para todos os públicos e de todo poder aquisitivo. É esse é o grande trunfo da cerveja artesanal, sair da zona de conforto, da mesmice. Existe uma gama de estilos que potencialmente agradará várias pessoas e esse é o caminho”, defende Reina.

O próximo passo do sonho do fundador da Alforria é contar com a própria fábrica para que sua cerveja atinja mais pessoas e as façam rememorar sabores do passado enquanto têm contato com figuras históricas.

“Eu fiz uma Russian Imperial Stout com adição de paçoca e cumaru e um cliente relatou que, ao degustar a cerveja, voltou à infância, tendo uma maravilhosa memória afetiva. Esse é o poder da cerveja artesanal e que devemos sempre buscar”, conclui o fundador da marca.

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