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Fla Manguaça e Coringão Chopp fazem duelo cervejeiro na Copa do Brasil

Torcidas organizadas cervejeiras estarão presentes na finalíssima desta quarta no Maracanã

A final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (19), às 21h45, opõe Flamengo e Corinthians, os dois mais populares clubes do país, e terá um duelo “cervejeiro” nas arquibancadas. No Maracanã, Fla Manguaça e Coringão Chopp irão protagonizar um confronto entre torcidas organizadas que misturam tradição e irreverência ao longo de suas histórias nos estádios.

Com o slogan “Embriagados pelo Mengão desde 1995”, a organizada rubro-negra foi fundada em 10 de julho daquele ano, quatro meses antes de o clube carioca celebrar o seu centenário. Já a alvinegra, cujo lema é “Uma dose de corinthianismo”, nasceu em 14 de outubro de 1989 e comemorou os 33 anos com uma grande festa em sua sede, na última sexta-feira.

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Para contar como essas torcidas estão se preparando para a partida que definirá o mais novo tetracampeão da Copa do Brasil, o Guia procurou os líderes das organizadas, que vivem dias de ansiedade e empolgação enquanto aguardam pelo começo da partida.

“A gente vai montar um mosaico no Maracanã. Vamos espalhar umas faixas pela arquibancada, vão ter fogos, fumaça e levaremos o dobro de instrumentos que costumamos levar ao estádio. A concentração da torcida vai ser a partir do meio-dia. Vamos fazer um churrasco com samba no bar onde ficamos no dia dos jogos e estaremos lá até a hora de ir para o Maraca”, afirma Felipe Amorim, presidente da Fla Manguaça.

A Coringão Chopp, presidida por Lúcio Fagundes, preferiu não conceder entrevista, mas revelou detalhes sobre a preparação da organizada para a finalíssima. E a torcida vem de dias intensos. Na última sexta-feira, na sua sede em São Bernardo do Campo, promoveu um samba de aniversário, com direito a churrasco e cachaça gratuita a partir das 19h10 (uma referência ao ano de fundação do Corinthians), além de promoções de cervejas.

Depois disso, parte dos seus integrantes foi até a Neo Química Arena apoiar a equipe corintiana no treino aberto da última segunda-feira. E estava programado para ocorrer um churrasco na sede da organizada, das 22h de terça até as 3h da madrugada desta quarta, para quando havia sido agendada a saída de dois ônibus com 100 torcedores rumo ao Rio.

Será a inversão do que aconteceu na semana passada, quando membros da Fla Manguaça viajaram para São Paulo e viram o empate por  0 a 0 na Neo Química Arena. “Fomos com dois ônibus do Rio para São Paulo e encontramos o pessoal da torcida que já estava lá. Deviam ter de 100 a 120 pessoas. Existiu dificuldade de comprar ingressos, que eram poucos e muito caros. No Maracanã, acredito que teremos em torno de mil pessoas da nossa torcida”, espera o presidente da organizada rubro-negra.

A relação com a cerveja
Ainda que não sejam as maiores referências entre as torcidas de Flamengo e Corinthians, Fla Manguaça e Coringão Chopp são facilmente reconhecidas nos estádios e possuem relevância, até pela longevidade. A Coringão Chopp conta com cerca de 4 mil sócios, enquanto a Fla Manguaça, seis anos mais jovem, possui aproximadamente 3.200. Em comum, claro, está o amor pela cerveja, embora, curiosamente, o presidente da Fla Manguaça não consuma, hoje, a bebida.

“A gente usa o nome Manguaça mais como uma coisa irreverente, leve, para tirar aquele peso que as torcidas organizadas carregam. A maioria dos torcedores bebe, mas ninguém é obrigado a beber. Tem criança na torcida, pessoas de todos os tipos e eu mesmo não bebo mais. Em nenhum momento a gente incentiva que as pessoas fiquem bêbadas, até porque um ambiente de estádio de futebol não é bom e nem muito calmo para isso”, ressalta Amorim.

Fla Manguaça e Coringão Chopp também vivem realidades diferentes para poder disponibilizar a cerveja aos seus sócios. A organizada flamenguista tem um acordo comercial com o Grupo Heineken, o que lhe permite vender o rótulo principal da cervejaria e o da Amstel. Além disso, a parceria ajudou a melhorar a estrutura da sua sede no Rio, no bairro Pilares, com equipamentos fornecidos pela marca.

“Compramos direto da fábrica. O acordo não envolve exposição de marca, que nos vende as cervejas em uma condição melhor de pagamento. E eles também nos deram os freezers, cadeiras e mesas, deixando a nossa quadra equipada. Já faz um ano e meio que compramos com eles. E espero que consigamos um pouquinho mais à frente transformar isso em algum tipo de patrocínio, promover alguma ação pontual”, explica Amorim.

Já a Coringão Chopp não possui acordo com nenhuma cervejaria para fornecimento de bebidas aos sócios em sua sede, sendo que no último fim de semana, durante seu aniversário, promoções envolviam Skol e Original, marcas da Ambev. E faz questão de garantir que é administrada de forma independente, sem receber qualquer ajuda do clube. “Vivemos sem nenhum recurso financeiro do Corinthians”, assegura a organizada.

O presidente da Fla Manguaça admite que o nome da torcida já colaborou para que fosse vista de forma negativa pela associação indireta do apelido com a embriaguez, mas destaca que a organizada não carrega mais esse peso, sendo agora mais associada com a irreverência.

“Hoje em dia não temos esse problema, mas no começo, antes de conseguir fazer essa ‘virada’, havia essa barreira. Hoje temos uma galera que está ali para torcer mesmo e é um público um pouco diferente do que era há dez anos, com um pessoal um pouco mais velho. Era outro perfil de torcedor. Depois que conseguimos firmar o nosso nome, deixar bem claro os nossos objetivos, esse nome passou a ser visto mais como um estilo do nosso torcedor”, explica Amorim.

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