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Inflação é o maior desafio em 2022 para 8 de cada 10 bares, aponta pesquisa

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Alta dos preços pode dificultar recuperação dos estabelecimentos em momento de volta das atividades sem restrições

A diminuição dos casos de coronavírus no país e o relaxamento das medidas restritivas para conter a pandemia são boas notícias para quem enfrentou tantas dificuldades para operar durante os últimos dois anos, mas o setor de bares e restaurantes tem outros problemas para encarar, como a inflação. De acordo com uma recente pesquisa, a alta dos preços é o maior desafio a ser enfrentado neste ano para 83% dos responsáveis por esse tipo de estabelecimento.

O resultado está na nova pesquisa da série Covid-19, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), pela consultoria Galunion, especializada no mercado food service, e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB).

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A preocupação dos bares com a inflação não é à toa. Afinal, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,62% em março, a maior taxa para o mês desde 1994. Também foi a maior inflação mensal desde janeiro de 2003. Anualizada, a inflação já completou sete meses em dois dígitos. E o impacto para bares e restaurantes pode ser ainda maior, pois a inflação dos itens de alimentação e bebidas fechou abril em 2,42%, de acordo com o IBGE.

“A inflação certamente é o maior desafio do setor para 2022, pois seu impacto é duplo, seja nos custos diretos como aluguel, CVM (Custo de Mercadorias Vendidas) e outros, mas também no passivo das empresas, pois os recentes financiamentos feitos pelo setor na pandemia, como o Pronampe, certamente serão corrigidos com a pressão também sobre os juros”, afirma Fernando Blower, diretor executivo da ANR.

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Além disso, apesar do relaxamento das medidas de distanciamento, os bares e restaurantes que participaram da pesquisa ainda não recuperaram os níveis pré-pandemia. O trabalho aponta que o faturamento em fevereiro de 2022 ficou igual ou abaixo do de fevereiro de 2019 para 60% dos participantes.

Porém, o trabalho destaca que tem aumentado os consumidores que retomaram os hábitos pré-pandemia. O índice ficou em 51% nessa pesquisa, 17% a mais do que no levantamento anterior.

“Sabemos que ainda existe a questão do consumidor não ter voltado totalmente para os estabelecimentos de forma presencial, mas nos negócios onde as vendas já estão superando índices anteriores, 75% dos top performers que responderam à pesquisa esperam fechar o primeiro trimestre do ano com lucro, com relação ao resultado financeiro da operação”, diz Simone Galante, CEO da Galunion e responsável pela pesquisa.

A pesquisa também aponta melhora nos níveis de endividamento de bares e restaurantes. O percentual de estabelecimentos que se declaram endividados ficou em 41%, 14% a menos do que na pesquisa anterior, realizada em novembro de 2021. Entre os que afirmam estar endividados, 15% devem demorar mais de 3 anos para quitar as contas atrasadas, 11% disseram que devem levar de 2 a 3 anos para pagar e 23% de 1 a 2 anos.

Além disso, a pesquisa indica que bares e restaurantes seguem com o sistema de delivery ativo nesse período de retomada, assim como vêm criando produtos. “Os dados revelam que 89% dos ouvidos operam com delivery, e que 71% consideram este canal lucrativo. Outras ações também englobam as estratégias dos estabelecimentos, visando o aumento das vendas, como lançar produtos com novos sabores e texturas, com 57% das intenções, focar em promoções, ofertas do dia e ações de valor, com 52%, lançar produtos sazonais, frescos ou artesanais, representando 27%, e lançar produtos gostosos e indulgentes, para 26%”, diz a CEO da Galunion.

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